Livro 17 - All The Bright Places (Jennifer Niven)


Sinopse: Theodore Finch é conhecido por ser o esquisito da escola, tem graves oscilação de humor e constantemente pensa em maneiras com as quais poderia acabar com sua vida. Violet Markey tinha o que se pode chamar de uma vida perfeita, até que sofreu um grave acidente com sua irmã/melhor amiga e perdeu aquela que era sua maior referência. Sem saber como seguir em frente sem a irmã, Violet decide, um dia, subir ao topo da torre da escola e imaginar como seria pular dali. Finch também está lá no alto, pensando exatamente a mesma coisa que ela e é nesse momento que a história dos dois vai começar. Eles acabam juntos em um projeto de Geografia e, ao conhecer diferentes e inusitados lugares no estado de Indiana, onde vivem, eles acabem se conhecendo melhor e descobrindo quem são, realmente, e o que querem para suas vidas...

O que eu achei: não me lembro bem o que chamou mais minha atenção nesse livro, se foi o enredo ou se foi a capa, mas sei que foi amor instantâneo e eu mal podia esperar para ler. E, felizmente, a leitura se mostrou até mais do que eu esperava. Fui pesquisar sobre a autora e descobri que esse é o primeiro livro YA (young adult, meu estilo de livros favorito do momento) que ela escreve, mas que ela tem experiência com literatura adulta, o que explica a maturidade da narrativa dela, que é complexa sem ser maçante. O livro alterna capítulos pelo ponto de vista do Filch e da Violet e, aos poucos, vamos construindo a personalidade dos dois e entendendo os porquês de suas atitudes... O combo enredo+personagens+narrativa me lembrou MUITO o John Green. Sério, gente, a sensação foi a mesma de estar lendo as histórias dele... São personagens cheios de defeitos, tentando desesperadamente encontrar respostas para perguntas que nem sempre tem respostas... São medos e inseguranças que temos todos os dias, ali, escancarados para tentarmos entender. É uma história de dois jovens ficcionais, sim, mas poderia ser a história de tantas pessoas que eu conheço ou até mesmo de mim mesma... Foi um livro daqueles que ficou comigo depois que eu terminei, como há muito um livro não ficava. Mesmo agora que já estou me envolvendo com uma nova história, o Finch e a Violet ainda me assombram... E esse é, na minha opinião, o maior elogio que eu poderia dar para um livro...

Recomendo: sim, pelo amor. Todo mundo deveria ler. Quando terminei o livro na 6ª feira, no metrô, minha vontade era ir ao encontro de uma amiga e colocar o livro na mão dela para que ela lesse e surtasse comigo.

Título em Português: Por Lugares Incríveis

Livro 16 - 17 First Kisses (Rachael Allen)


Sinopse: Não importa o quanto ela tente, parece que Claire não consegue encontrar o cara certo, aquele que vai ter o beijo que vai mudar sua vida, aquele que vai fazê-la feliz, incondicionalmente. Até que ela conhece Luke, que tem os mesmos gostos que ela e parece ser tudo que ela sempre sonhou... até que ela se dá conta de que sua melhor amiga, Megan, também está gostando de Luke... E uma coisa é certa, Megan é irresistível... Dividida entre a busca pelo amor verdadeiro e a amizade, Claire vai ter que aprender a escutar seu coração para entender, exatamente, o que vale mais a pena...

O que eu achei: comprei esse livro num impulso, pra variar, e foi uma ótima escolha, especialmente depois do livro pesado que eu havia lido antes. Esse é daqueles romances leves, mas cheio de nuances, sabe? A narradora é a Claire e a história alterna entre o presente e o passado, contando as experiências passadas da protagonista não apenas com os beijos, mas com a vida, em geral. Capítulo por capítulo, vamos conhecendo segredos não apenas da Claire, mas da Megan também, tornando-as absurdamente interessantes e bem mais complexas do que elas pareciam, em um primeiro momento. Resumindo, é um livro leve, mas com um quê de profundidade, que eu curti demais...

Recomendo: sim, sim. Para quem gosta desses romances, é um prato cheio!

Título em Português: infelizmente, não foi lançado por aqui...

Livro 15 - Serena (Ron Rash)


Sinopse: George Pemberton é um jovem ousado, que montou um enorme acampamento nas montanhas da Carolina do Norte, nos anos 20, para extrair e vender madeira. Em 1929, no auge da crise econômica americana, ele viaja para Boston para resolver questões profissionais e, quando retorna, está acompanhado da misteriosa Serena, sua jovem esposa. Serena é diferente de todas as mulheres que por ali já passaram, cavalga entre os homens, conhece o mercado e quer transformar o acampamento de seu marido em um império. A triste descoberta de que não pode ter filhos, porém, vai transformá-la em uma mulher totalmente diferente e, a partir daí, tudo vai mudar, definitivamente, não apenas para Serena e George, mas para todos que os cercam...

O que eu achei: comprei esse livro, claro por causa da capa - como não comprar um livro que tem a JLaw tão linda olhando pra mim? E, claro, adoro ler livros para depois ver o filme, então não tinha como evitar... A leitura foi mais lenta do que eu gostaria, porque a narrativa não me agradou e eu demorei um bom tempo pra me acostumar com o ritmo... É uma típica história americana, tem um feeling de velho oeste, sabe? Eu achei a personagem da Serena muito interessante, mas bem clichê... Mesmo quando ela perde o controle e muda completamente, não foi uma surpresa a maneira como ela agiu... Sei lá, acho que eu esperava demais, o que não tem sentido, já que eu nunca nem tinha ouvido falar da história até outro dia... Confesso que me arrastei na leitura e que quase abandonei, mas me mantive forte... O final é interessante, sim, mas no conjunto da obra, não é um livro que eu coloco entre meus preferidos, não...

Recomendo: na verdade, não. Acho que há muita coisa melhor por ai...

Livro 14 - Heart of the Matter (Emily Giffin)


Sinopse: Tessa tem a vida que sempre quis: casada com um cirurgião pediatra e mãe de dois filhos, ela não pode imaginar nada melhor para si. Valerie, porém, tem uma vida bem diferente: mãe solteira, ela trabalha o quanto pode para poder fazer o filho, Charlie, feliz. A vida dessas duas mulheres, tão diferentes, vai se misturar de repente, em uma noite fatídica. E os resultados desse "encontro" serão definitivos e com o poder de mudar a vida de todos...

O que eu achei: comprei o livro por causa da autora, por quem me apaixonei lá em 2013, quando a li pela primeira vez. É o quarto livro dela que leio e o quarto livro dela que me deixa encantada... A primeira característica dos livros da Emily é que os personagens dela são reais, ou seja, cheios de defeitos. Em um primeiro momento, isso me incomoda - e desde a primeira vez foi assim - porque é difícil a gente lidar com personagens com os quais não dá pra se identificar porque são todos péssimos, com atitudes egoístas... Mas, depois de um tempo, pela forma como ela constrói a narrativa, fica fácil entender as motivações... Por mais que nada se justifique, dentro das histórias que ela conta, faz sentido... A narrativa é leve, mas consistente e apesar de divertida, não trata dos assuntos de maneira superficial, muito pelo contrário.. É daqueles livros que faz rir e faz chorar, sabe? 

Recomendo: sem dúvida nenhuma! Os livros da Emily devem ser lidos por qualquer pessoa que curta bons livros que sejam leves...

Título em Português: Questões do Coração

Livro 13 - A Conspiração Colombo (Steve Berry)


Sinopse: No passado, Tom Sagan foi um jornalista de renome, conhecido e premiado por suas reportagens ousadas e críticas, sem medo das repercussões que pudessem vir. Até que caiu em desgraça, ao ser acusado de ter inventado fatos em uma história sobre o Oriente Médio. Ele sabe que nada foi inventado, mas não tem como provar... Sozinho e sem nenhuma perspectiva, ele decide pela única saída que enxerga: a morte. E está prestes a cometer suicídio quando um estranho aparece em sua casa com um argumento bem convincente: um vídeo da filha de Tom, Alle, presa. A garota foi sequestrada e tudo que Zachariah Simon deseja é que Tom permita que ele exume o cadáver de seu pai. Esse ato, estranho e aparentemente simples, abrirá uma caixa de Pandora que pode - e vai - mudar importantes aspectos do mundo moderno...

O que eu achei: ganhei esse livro de Natal e fiquei bastante interessada no enredo. Adoro essa fase da literatura que deseja revisitar aspectos históricos para tentar desvendar mistérios ou para inverter pontos de vista que parecem tão simples... Aparentemente, a história de Colombo é cheia de mistérios, então o autor procura usar o livro para resolver tais mistérios, fazendo uso do que aparentemente foi uma extensa pesquisa sobre o descobridor da América... Quem foi Colombo, o que exatamente ele esperava quando partiu em busca do Novo Mundo, tudo isso é meio que desmistificado e nos dá uma visão diferente da história. E foi bem essa parte que chamou mais minha atenção no livro, o aspecto histórico da coisa - que não para em Colombo, não, mas não vou entrar em detalhes para não deixar escapar nada... ;). A narrativa do autor, que pelas minhas pesquisas é conhecido por esse tipo de história, é bem fluida e mesmo na parte em que ele aprofunda na história, não fica maçante. O que não me atraiu o suficiente, porém, foram os personagens... Todos tem suas características agradáveis - exceto a Alle, que é uma chata do começo ao fim, pobre coitada - mas nenhum deles me prendeu o suficiente, me interessou o suficiente, me atraiu o suficiente. Eu acabei me envolvendo com a história mais pelo aspecto de enredo do que pelos personagens, o que é uma perspectiva diferente pra mim... Mas o livro é daqueles que intriga até o final, que prende a atenção e faz com que a gente não queira largar para saber mais... O autor faz uso, sim, de alguns clichês para resolver seus mistérios - mas nem todos podem ser Dan Brown que consegue resolver situações de maneira surpreendente o tempo todo - então não é nada mortal. É um livro bastante interessante, principalmente para quem gosta de mistérios históricos...

Recomendo: sim, sim! Para quem gosta de história e mistérios, é um prato cheio!

Livro 12 - O Clube do Filme (David Gilmour)


Sinopse: Ao perceber que seu filho, Jesse, está frustrado e infeliz na escola, David faz uma proposta inusitada e pergunta se o rapaz deseja abandonar os estudos. Em troca, porém, ele deve ficar longe das drogas e concordar em assistir a pelo menos três filmes por semana com o pai. Com isso, David espera educar o filho de uma maneira lúdica, pelo menos com relação a vida, já que ele não parece interessado na educação tradicional. Por meio dos filmes assistidos - clássicos, alternativos e tudo o mais que parecia interessante - David tenta atingir positivamente o filho ao mesmo tempo em que passa a se conhecer como pai, como homem e como pessoa...

O que eu achei: já tinha ouvido falar desse livro mais de uma vez, por mais de uma pessoa, mas nunca tinha parado para ler, não sei porque. Ano passado, na Bienal, não pude deixar de comprá-lo no meu frenesi na Intrínseca, que estava com preços ótimos - mas só consegui parar para ler agora. E que livro FENOMENAL... Acho que todo mundo que tem algum interesse em cinema, devia ler esse livro, nem que seja para discordar das opiniões do autor, se for o caso. David comenta todos os aspectos de vários filmes fantásticos - fala sobre curiosidades dos roteiros, da construção dos filmes em si, dos atores, dos momentos históricos de cada um - ao mesmo tempo em que comenta todos os aspectos do relacionamento que tem com o filho. É uma história real, de pessoas reais e isso faz a diferença. É uma história de um jovem deslocado e de um pai que só quer que o filho se encontre e seja feliz. É a história de um pai que, apesar de não demonstrar, está quase tão perdido quanto o filho e usa esse momento do jovem para, também, tentar se encontrar. E é a história de como o cinema, de alguma maneira, consegue unir as pessoas, ensinar as pessoas e direcionar as pessoas - basta elas quererem... É uma história fantástica, de verdade...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! Todo mundo que gosta de cinema é favor ler esse livro. Todo mundo que gosta de boas histórias reais, com personagens pé no chão e cheios de defeitos, é favor ler esse livro. Sério. Leiam esse livro. 

Livro 11 - O Doador de Memórias (Lois Lowry)


Sinopse: Em um futuro distópico, a sociedade está muito bem organizada. Tudo é controlado, desde as profissões que cada cidadão vai exercer, até a quantidade de filhos que cada família pode ter. Não existem relacionamentos que não sejam aprovados e até mesmo os bebês são escolhidos antes de serem entregues as suas "unidades familiares". Aos 12 anos, cada criança tem sua profissão determinada, em uma cerimônia na frente de toda a Comunidade. Sem grandes expectativas, Jonas recebe a incumbência de tornar-se o próximo Recebedor de Memórias, um cargo único, como detentor de todas as lembranças do que era o mundo antes da organização atual. Ao entrar em contato com o antigo Recebedor e começar a conhecer as dores e alegrias que já não se sente, Jonas começa a questionar seu mundo e enfrentará duras consequências por isso...

O que eu achei: comprei esse livro em um impulso no ano passado e, por algum motivo, ele tinha ficado meio esquecido na minha estante, sempre sendo passado para trás na fila de leitura. Quando finalmente o peguei para ler, foi mais porque eu queria ver o filme do que qualquer outra coisa... A leitura foi bem rápida - porque a narrativa é simples e o livro é curto - mas não me atraiu como eu esperava. Eu adoro distopias e fico encantada com os universos que ando conhecendo por aí nesse meu mundo de leituras, mas esse, em especial, não me atraiu. Não consegui me identificar com o protagonista e isso, para mim, é a pior coisa, porque eu preciso me sentir ligada a quem me conta a história, para poder torcer, esperar, sofrer e ganhar junto... A história, em si, é bem interesse e tem vários simbolismos políticos que me deixaram admirada - já que eu adoro essas coisas... Depois de ver o filme acho que talvez o que tenha dificultado minha identificação foi a idade de Jonas... Aos 12 anos ele me parece jovem demais para tudo que a autora o coloca fazendo, sabe? E algumas das situações por ela descritas me soaram absurdamente desconfortáveis, acima de tudo... Como na adaptação do filme Jonas já tem 17/18 anos, acabou me agradando mais... Resumindo, é uma história interessante, até, mas nada fenomenal, infelizmente.

Recomendo: sinceramente? Não. Acho que tem coisas do mesmo estilo - mas bem superiores - por aí. Recomendo o filme, na verdade... ;)