2015 - Balanço Geral

Engraçado, eu comecei esse blog porque queria reunir dicas de leituras em um mesmo lugar, já que as pessoas costumavam sempre me perguntar sobre livros... Nunca imaginei que ele duraria mais do que um ano e muito menos que ele teria o alcance que tem...

Acho curioso pensar que gente que não me conhece lê minhas opiniões e, quem sabe, até mesmo as leva a sério. Mais curioso ainda é saber que eu tenho várias alunas que curtem o blog, que leem as coisas que eu escrevo aqui e que buscam os livros que eu digo valerem a pena...

Agora, o que mais me choca, mesmo, é ter uma contagem anual dos livros que leio durante o ano... Foram 72 em 2013 - o que me pareceu um número enorme por si só; então, em 2014, foram 111 - o que foi um número cabalístico e ainda mais chocante. Passei o ano de 2015 inteiro dizendo que não achava que eu bateria meu próprio recorde, porque me parecia impossível... Mas as contagem chegou a 116...

Esse ano foi atípico para mim, tanto pessoal quanto profissionalmente. Meu primeiro semestre, em especial, foi complicado em vários aspectos e o segundo semestre, apesar de um pouco mais calmo, foi um tanto corrido também... Mas é como eu digo: quando tudo dá errado, a leitura é algo com que sempre posso contar, porque sempre dá certo. Mesmo quando o livro é ruim, é uma fuga, é um momento de escapar da minha realidade e viver outras histórias... E é para isso que eu leio...

Todas as noites, não importa a hora que vou para a cama, pego um livro e leio pelo menos um capítulo. É como se fosse o botão de off da minha vida, é como se eu deixasse de lado os amigos que decepcionaram, o trabalho que cansou, o dinheiro que eu não tenho ou o projeto que não deu certo. É como se eu deixasse para trás tudo de ruim, vivesse por algum tempo num mundo que não é o meu antes de finalmente me desligar e descansar, como preciso e mereço...

E é por isso que eu nunca deixo de ler. Mesmo quando estou atolada de coisas para fazer, aqueles minutos antes de dormir são necessários - e não é sono perdido, não, é garantia de bons sonhos e de um sono completo.

Na leitura, então, 2015 foi uma montanha russa: chorei com personagens que amei, tive vontade de jogar livros na parede de tão ruins, fiquei sinceramente tentada a abandonar leituras... Mas o saldo é positivo, como sempre é. Leitura, de qualquer jeito, faz feliz.

E que venha 2016, então! Tô pronta! ;)

Livro 116 - Os Molambolengos (Evangeline Lilly)


Sinopse: Selma é uma menina muito esperta, mas bastante mimada. Quando conhece a trupe de marionetes dos Molambolengos, ela terá que aprender que as coisas nem sempre acontecem do jeito que ela quer...

O que eu achei: esse é um livro infantil, escrito por uma atriz muito querida (que fez Lost e O Hobbit), que eu estava louca para ter. Ganhei de Natal e acabei lendo-o em apenas uma noite, mas é uma graça! A história é toda em versos, com um ritmo particularmente agradável (nem sempre com rimas, mas o ritmo está presente, imagino, mantido do original) e conta a história de uma linda menininha que é muito mimada e quer tudo do jeito que acha certo... Até que as coisas saem um pouco do esperado... É uma leitura infantil que eu recomendo para todo mundo - aparentemente, tem potencial para ser uma série, então acho que vale a pena investir...

Recomendo: sim, sim! Quem tem criança em casa, compre, leia junto, divirta-se junto! E quem não tem, também! É uma delicia...

Livro 115 - A Thousand Pieces of You (Claudia Gray)


Sinopse: A vida de Marguerite Caine sempre foi cercada de ciência: seus pais são dois cientistas conceituados que trabalham para provar a existência de diferentes universos paralelos. Quando seu pai morre num estranho acidente, todos os indícios apontam para Paul Markov, um dos assistentes de pesquisa, um rapaz que praticamente morava na casa dos Caine e que desapareceu usando o Firebird, aparelho inventado pelos pais de Marguerite para possibilitar a viagem entre os universos. Desesperada, Marguerite sai em uma jornada em diferentes versões de si mesma, acompanhada do outro assistente de pesquisa de seus pais, Theo. O que eles querem: encontrar Paul e fazê-lo pagar por ter assassinado seu pai. O que eles encontrarão, porém, não é nada tão simples quanto parece...

O que eu achei: eu já tinha prometido não comprar nenhum livro em 2015, mas esperando uma amiga no shopping, não consegui evitar. Primeiro porque, vejam essa capa. É simplesmente perfeita! Segundo porque meu amor por Fringe é maior do que muita coisa e eu não pude deixar de comprar o livro uma vez que são histórias super parecidas... E, por último, é uma trilogia, tem triângulo amoroso e eu não resisto. Comprei e não me arrependo: é uma leitura FENOMENAL! A narrativa é toda contada pelo ponto de vista da Marguerite e, quando a conhecemos, ela já perdeu o pai e já está em sua jornada por universos paralelos. Vamos conhecendo os motivos e medos dela com o passar da narrativa e é por meio das impressões dela que conhecemos Paul e Theo e passamos a acompanhar as histórias tão parecidas e diferentes que os três vivem. Gostei da Marguerite porque ela tem muito do que eu gosto nas minhas heroínas: ela é jovem, forte, teimosa, chata de vez em quando e bem certa do que quer. Ao mesmo tempo, porém, ela se desespera com as pequenas coisas e entrega seu coração com uma facilidade fora do comum... Ela é uma artista num mundo de cientistas, então parece que ela está sempre um passo atrás de todos ao redor dela quando, na verdade, ela está sempre um passo a frente, porque ela enxerga além do óbvio. Ela vê as similaridades entre as diferentes versões das pessoas que conhece, ela entende as motivações antes mesmo de quem vive as situações... Não tinha como não se encantar por uma personagem como ela... Claro que ela me irritou infinitas vezes (no segundo livro, que estou lendo no momento, ainda mais), mas faz parte, certo? Foi uma leitura incrível, que eu não queria que terminasse, por nada...

Recomendo: SEM DÚVIDA! Primeiro para os fãs de distopias - não chega a ser uma distopia, mas tem o mesmo feeling em alguns momentos. Depois, para os fãs de ficção científica, é um prato cheio. E para qualquer pessoa que curta uma boa narrativa, cheia de aventura, romance e humor...

Título em Português: Mil Pedaços de Você

Livro 114 - Nick & Norah's Infinite Playlist (Rachel Cohn & David Levithan)


Sinopse: Nick está com o coração partido, mas nem por isso pode parar de tocar. Norah está questionando seu lugar no mundo, mas nem por isso deixa de sair com sua melhor amiga para a noite de Nova York. Os caminhos dos dois vão se cruzar quando um magoado Nick precisa fazer ciúmes a sua ex-namorada, e pede para que Norah, até então uma completa estranha, seja sua namorada por 5 minutos. Com um beijo os dois começarão uma noite que promete ser cheia de aventuras e que mudará, definitivamente, a vida dos dois e das pessoas ao redor deles...

O que eu achei: eu já tinha visto o filme desse livro há alguns anos, mas nunca tinha encontrado o livro. Acho que nem preciso dizer o quanto o livro é superior, né? Os capítulos alternam os pontos de vista do Nick e da Norah e, aos poucos, vamos conhecendo as personalidades dos dois. Os porquês do Nick estar tão destruído com o fim do namoro, os motivos de Norah parecer tão amarga... E, enquanto vamos conhecendo os dois, acompanhamos o desabrochar de um relacionamento que começa meio errado mas que parece ter tudo para dar certo... Isso tudo embalado por várias referências musicais, uma melhor do que a outra... Eu curto bastante a narrativa do Levithan, foram poucas as vezes em que ele me decepcionou, e essa parceria com a Rachel Cohn é fantástica... Ainda há mais um livro dos dois juntos, que eu estou tentando encontrar, e que mal vejo a hora de ler...

Recomendo: sim, sim! Fãs do Levithan não podem deixar de ler, assim como quem curte esse tipo de leitura leve, divertida, mas com um toque de melancolia...

Título em Português: Nick & Norah: Uma Noite de Amor e Música

Livro 113 - A Irmã da Tempestade (Lucinda Riley)


Sinopse: Em uma ilha isolada na Suíça, seis irmãs foram criadas cercadas de luxo e de amor por seu pai adotivo. Totalmente diferentes umas das outras, as seis se completam da melhor maneira possível, e amam seu pai com todo o coração. Quando ele morre, deixa a elas um mistério a ser desvendado: se quiserem, poder ir em busca de suas verdadeiras origens, para tentar entender quem são de verdade e os porquês de terem sido adotadas. Maia - a filha mais velha - foi a primeira a ir buscar suas origens e agora é Ally que, em meio a tragédias próprias, se vê na Noruega, não apenas descobrindo sua história, mas também se curando e encontrando uma nova vida...

O que eu achei: já estava com saudades das narrativas da Lucinda, e ansiosíssima por esse segundo livro da série As Sete Irmãs... Como sempre, o livro nos transporta no tempo e conta duas histórias paralelas: a de Ally, no presente, buscando lidar com a morte do pai adotivo e outras mudanças trágicas em sua vida, e a de Anna, uma jovem camponesa norueguesa, com um talento absurdo para a música. Anna vive no começo do século XX e, como sempre é com as heroínas da Lucinda, é uma mulher a frente de seu tempo, que não deseja apenas casar sem amor e viver uma vida monótona. É seu talento como cantora que a levará para longe da cidadezinha onde nasceu e é seu talento como cantora que terá o poder de lhe dar tudo o que quer - ao mesmo tempo em que pode tirar dela tudo o que ela mais precisa... Já Ally é também uma mulher forte, que esconde a fragilidade de uma jovem que perdeu a pessoa mais pessoa mais importante de sua vida, a referência mesmo... As histórias das duas, aparentemente diferentes e distantes, unem-se de maneira surpreendente e contam uma história de força, de ambição, de sucesso e de superação... Uma história de amor, mas de vários tipos de amor...

Recomendo: sem dúvida! Leiam, leiam, leiam! É um romance consistente, que merece ser conhecido...

Livro 112 - Dark Places (Gillian Flynn)


Sinopse: Libby Day tinha 7 anos quando sua mãe e suas duas irmãs mais velhas foram brutalmente assassinadas em um massacre que chocou os Estados Unidos. Assustada, a menina fugiu de casa no meio do gelo, perdendo alguns dos dedos dos pés, mas sobreviveu para acusar o irmão mais velho, de 15 anos, pelos assassinatos. Vinte e cinco anos depois, Libby leva uma vida péssima, sem conseguir encontrar motivos para viver plenamente, quando é contatada por um estranho grupo, chamado Kill Club, que está disposto a pagar para que ela fale sobre o massacre. Os participantes do clube acreditam que o irmão de Libby é inocente e esperam que com a ajuda dela, a verdade venha a tona... Libby está desesperada por dinheiro, mas será que terá forças para reviver um passado que a destruiu completamente?

O que eu achei: assim que eu comecei a ler o livro comecei a me perguntar porque eu faço isso comigo mesma... Gente, a Gillian Flynn tem uma capacidade absurda de escrever coisas bizarramente assustadoras... Não muda o fato de que é um ÓTIMO livro, com uma narrativa muito bem construída e um final que me deixou boquiaberta - mas, Jesuis, como é trágico... Vamos aos detalhes: o livro alterna os pontos de vista da Libby no presente (aos 32 anos) e da mãe e do irmão dela no passado, na época do massacre. Vamos descobrindo segredos e complexidades da vida familiar dos Day ao mesmo tempo em que tentamos aceitar as motivações de Libby... Porque, gente, durante a leitura desse livro eu tive o mesmo problema que tive com Gone Girl, lá em 2013: não dá pra se apegar a nenhum dos personagens, é tudo gente odiosa. E apesar de isso ser um problema pra mim, normalmente, a história é tão bem construída que eu sinceramente não me importo... Cheguei ao ponto de não conseguir dormir enquanto não chegasse ao final do livro - o que se mostrou um problema, porque eu ainda estava trabalhando - e não me arrependi. Não é uma leitura fácil, muito pelo contrário. A temática do livro é complicada, as descrições da autora são bem pesadas e realistas, mas está tudo tão bem encaixado na história que ela pretende contar, que não me importei, sabe? E existe uma adaptação para o cinema, que está na minha lista de must see, mesmo eu sabendo que ficarei horrorizada no processo...

Recomendo: sim, sim! Principalmente para quem gosta de histórias de suspense e crimes e não tem problemas com cenas fortes...

Título em Português: Lugares Escuros

Livro 111 - I'll Give You The Sun (Jandy Nelson)


Sinopse: Jude e Noah são gêmeos e eram incrivelmente próximos até que uma tragédia os separou completamente. Um dia, eles compartilhavam sonhos e pensamentos e, de repente, mal se falam. Em meio a lembranças, amores, desamores e descobertas, ambos viverão uma série de emoções e aprenderão que crescer não é tão fácil quando parece e não necessariamente significa se afastar daqueles que ama...

O que eu achei: comprei esse livro junto com o 110º, porque era da mesma autora e ambos me pareciam apaixonantes. Acertei, uma vez mais. Esse livro, em especial, me encheu de sentimentos... Consegui já definir, pelos dois livros que eu li, que a autora é bem densa: trata de assuntos sérios, pesados e sem ficar enfeitando muito, sabe? Então é uma boa leitura, mas não é uma leitura leve... No caso desse livro, os capítulos (que são bem longos, único problema que eu encontrei, uma vez que me irrita parar leitura na metade de capítulos) intercalam o ponto de vista do Noah (com 13 e 14 anos) e da Jude (com 16 e 17 anos). Cada um vivendo um momento diferente e, palavra a palavra, vamos construindo a história dos dois e entendendo o que aconteceu. Os gêmeos são bastante artísticos e extremamente densos: são personagens complexos, com os quais a gente tem dificuldade de lidar... Não é o tipo de história cheia de personagens adoráveis, muito pelo contrário, é uma história cheia de personagens reais, com defeitos e qualidades, vivendo uma vida real, cheia de altos e baixos. A diferença é a maneira como os dois enxergam a vida: Noah vê tudo artisticamente, constantemente está fazendo pinturas na sua cabeça, marcando as cenas mais importantes em sua memória em imagens coloridas; já Jude é mística, conversa com a avó morta e se protege de espíritos da melhor maneira possível... A jornada dos dois começa bem próxima e depois se afasta completamente e acompanhamos os dois, de perto e de longe, tentando se encontrar sem perder um ao outro. Foi um livro que me fez rir, chorar, suspirar e ter raiva, tudo ao mesmo tempo. Foi um livro muito, muito bom...

Recomendo: sim, sim! A autora tem um estilo bem parecido com John Green e Rainbow Rowell, só é mil vezes mais intensa e triste... Vale a pena para quem curte esse tipo de leitura...

Título em Português: Eu Te Darei o Sol

Livro 110 - The Sky is Everywhere (Jandy Nelson)


Sinopse: Lennie Walker tem 17 anos e está passando pela pior fase de sua vida: a perda de sua irmã, Bailey, para uma arritmia cardíaca, repentinamente, virou seu mundo de cabeça para baixo. Antes alegre e divertida, Lennie se fecha completamente, por não entender os porquês de tudo isso. A única pessoa que parece entender o que ela sente é Toby, namorado de sua irmã, de quem ela começa a se aproximar... Até que ela conhece Joe, um aluno novo na escola e, apesar de saber que ele nunca conhecerá sua versão "irmã da Bailey", Lennie começa a enxergar no rapaz a alegria novamente... Só que no meio do luto e da dor, nem sempre as melhores decisões são fáceis de serem tomadas...

O que eu achei: comprei esse livro depois de folheá-lo numa livraria e ver várias comparações com John Green e Rainbow Rowell - dois autores muito amados pela minha pessoa. Acabei comprando dois livros da autora e comecei por esse, que tinha sido responsável por chamar minha atenção... E, gente, que lindeza que foi essa leitura. A narrativa é bem diferente do John e da Rainbow, ao mesmo tempo em que é parecida, sabe? Achei um pouco mais madura e bastante intensa - mas talvez essa sensação se deva ao fato da narradora ser a Lennie e a história estar, do começo ao fim, permeada de luto. É bem claro que a morte de Bailey tirou do eixo a família toda de Lennie e foi bem interessante assistir a uma dinâmica familiar em construção, tentando se reerguer depois da perda daquela que era, aparentemente, o centro do universo. Ao mesmo tempo, vemos Lennie amadurecer e buscar seu lugar no mundo, independente da irmã... O livro vem carregado daquelas ideias que a gente já conhece: a culpa em estar vivo, quando alguém que ama está morto; a culpa em sentir-se feliz no meio luto e etc, mas a autora contou a história de tal maneira, que nem parecia tão clichê quanto aparentemente é... Foi um livro que me fez rir e me fez chorar, foi um livro que ficou comigo depois do final e que eu carregarei como um preferido por um bom tempo...

Recomendo: sem dúvida! Quem, como eu, que curte John Green e Rainbow Rowell vai com certeza amar.

Título em Português: O Céu Está em Todo Lugar

Livro 109 - The Year I Met You (Cecelia Ahern)


Sinopse: Para Jasmine, perder o emprego é a pior coisa que poderia ter acontecido. Depois de anos se dedicando ao máximo ao seu trabalho, essa mudança vai virar seu mundo de cabeça para baixo. Impossibilitada de trabalhar durante um ano, por causa de uma cláusula em seu contrato, Jasmine precisará encontrar maneiras de passar o tempo para não enlouquecer. Ao decidir, então, dedicar-se a sua casa e seu jardim, ela descobrirá prazeres que nunca imaginou existirem...

O que eu achei: eu tenho uma relação estranha com a autora desse livro... O primeiro livro dela que eu li foi P.S. I Love You, mil anos atrás... Apesar de gostar bem mais do filme (o que pode ser influência do Gerard Butler e do Jeffrey Dean Morgan), foi um livro que eu curti bastante e cheguei a reler algumas vezes. Depois disso, li mais três livros dela: dois que odiei e um que gostei bastante. Acho digno comprar esse livro, tão bem recomendado pelos sites da vida, para desempatar... A narrativa se arrastou desde o começo e absolutamente nenhum dos personagens conseguiu me cativar... Gente, como é possível? Quase desisti da leitura mais de uma vez, tamanho era meu tédio e minha ansiedade para ler coisas melhores... A Jasmine é a narradora da história e se mostrou absurdamente superficial e deveras patética em suas crises... O fato da autora ter escolhido narrar como se estivesse conversando com o leitor (usando o "você" infinitas vezes) me irritou mais do que me conquistou e eu sinceramente não via a hora de acabar o livro para seguir em frente com outra leitura... Foi complexo e irritante e eu provavelmente não procurarei outros livros da autora, infelizmente,,,

Recomendo: nah. Tem MUITA coisa melhor por aqui para ser recomendada...

Título em Português: não achei na nossa terra, não sei se já foi lançado por aqui, mas com certeza será...



Livro 108 - My Sister's Keeper (Jodi Picoult)


Sinopse: Anna, aos 13 anos, já passou por tantos procedimentos médicos que perdeu a conta: transfusões de sangue, injeções de medicamentos e transplantes fazem com que o hospital seja parte de sua rotina... Mas Anna não está doente, quem sofre de um tipo raro de leucemia é sua irmã mais velha, Kate. A verdade é que Anna foi concebida especialmente para ser doadora para sua irmã e agora, na adolescência, começa a questionar seu papel em sua família e, até que ponto, essa relação é justa... E essa análise pessoal mudará, definitivamente, a dinâmica familiar: para o bem ou para o mal...

O que eu achei: já conhecia essa história porque ela foi adaptada para o cinema e eu lembro, nitidamente, de me recusar a sequer pensar em assistir, por imaginar a quantidade de lágrimas que por mim seriam derrubadas no processo... Até que um dia, acho que há um mês, talvez um pouco mais, uma amiga comentou no Face que tinha curtido muito esse livro e quando eu respondi que nunca tinha tido coragem de ler, ela me incentivou e disse que valia a pena... E, preciso dizer, ela estava certíssima! Gente, que livro FANTÁSTICO! Mal tenho palavras, mas vou tentar... A primeira surpresa veio do fato de que a minha quantidade de lágrimas foi mínima! A história é triste, sim, mas é uma tristeza daquelas que permanece de forma meio constante, deixando a gente anestesiada, sabe? E, ao mesmo tempo em que é uma história triste, é uma história tensa, que fez com que eu amasse e odiasse as personagens quase que na mesma intensidade... O livro alterna vários pontos de vista (da Anna, da família dela e de outras pessoas que se envolvem na história), o que me incomodou no começo (não gosto de vozes diferentes, demoro para me apegar às personagens) mas que acabou tornando-se uma das grandes vantagens da narrativa depois, pois mostrou opiniões e sentimentos de cada uma das peças da história em diferentes situações - então foi uma decisão arriscada, mas acertada da autora. O livro me prendeu, me surpreendeu e me afetou de mil maneiras diferentes - cheguei ao ponto de não conseguir largar até o final! E um final que surpreendeu e mexeu demais comigo...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! Já tenho pessoas em mente para quem emprestarei assim que puder, porque é um livro que merece ser lido...

Livro 107 - Dreamland (Sarah Dessen)


Sinopse: Caitlin sempre sentiu que vive na sombra de sua irmã mais velha, Cass, mas nunca viu grandes problemas nisso, uma vez que sua irmã sempre foi uma de suas amigas mais próximas. Quando Cass foge de casa, às vésperas de ir para Yale, a vida de Caitlin vira de cabeça para baixo. A sombra da irmã ainda existe, é verdade, mas agora ela lida com a constante sensação de estar vivendo para seguir os passos de sua irmã, o que ela não quer. Então ela decide seguir por um caminho totalmente diferente e não tem ideia de como isso pode ser perigoso...

O que eu achei: surpreendentemente, esse livro é BEM diferente dos outros livros da Sarah que já li. É bem verdade que as histórias contadas por ela sempre são mais do que parecem e fogem do esteriótipo da história fofinha e dos romances adolescentes, mas essa me surpreendeu exatamente por caminhar no sentido contrário de tudo isso... É a história de uma irmã que, claramente, não sabe como viver sem a irmã que foi embora. É a história de uma garota que não tem a menor ideia de onde se encaixa no mundo em que vive. É a história de uma menina/mulher que precisa se conhecer, que precisa descobrir que é forte, que precisa saber que é independente - para sobreviver à sua realidade. Não foi uma leitura fácil - longe disso - mas foi uma leitura interessante; E valeu a pena.

Recomendo: sim, sim. Mas lembrando que é uma leitura intensa, impressionante e surpreendente, que pega a gente em pontos que incomodam, sabe? Mas vale a pena, cada segundo...

Livro 106 - Along for the Ride (Sarah Dessen)


Sinopse: Auden é insone desde que se lembra e é nas madrugadas que ela mais funciona, é nas madrugadas que ela parece ser capaz de sentir-se bem. Tudo começou quando seus pais brigavam, todas as noites, mas mesmo depois de anos de divórcio, ela continua sentindo-se mais viva durante a madrugada. Em seu último verão antes da faculdade, porém, ela decide ir visitar o pai, que vive uma nova vida em uma cidadezinha praiana... E é então que ela conhecerá Eli, um misterioso insone como ela. Entre as noites com ele e as tardes aprendendo a conhecer, novamente, seu pai, Auden logo se dará conta de que, antes de tudo, precisa encontrar suas verdades para ser, realmente, feliz...

O que eu achei: ah, Sarah, como eu amo você. Uma vez mais, temos uma narrativa simples, centrada em uma personagem feminina aparentemente simples, mas que esconde complexidades profundas... A Auden parece ser uma menina extremamente fria: criada por uma mãe intelectual, ela sempre foi madura demais e o fato de ser inteligente e ter estudado em escolas especiais, fez dela uma pessoa extremamente solitária. Ela não teve as experiências de meninas de sua idade, não tem amigas, mal tem histórias para contar... É em um impulso que ela decide passar o verão com o pai e essa decisão vai alterar quem é de uma maneira fora do normal... E, novamente, não é só uma questão de romance - apesar de haver, sim, um bonito romance a se desenvolver - mas é muito mais uma questão individual... Apesar do casal ter me feito rir, chorar e suspirar, foi ver a maneira como a Auden desenvolveu amizades, e aprendeu a admirar sua madrasta, que realmente mexeu comigo. No fim do dia, é isso que ela aprende e é isso que ela vai levar para vida: amigos. E, como sempre é, a Sarah conta essa história de maneira sutil, delicada, "fofa", mas sem perder a seriedade...

Recomendo: sim, sim! É livro de menininha, é verdade, mas acaba sendo tão mais do que isso. É uma leitura cheia de lições e cheia de amor...

Título em Português: A Caminho do Verão

Livro 105 - Estação Onze (Emily St. John Mandel)



Sinopse: Toronto, Canadá, presente. Durante uma apresentação de Rei Lear, um famoso ator passa mal e acaba morrendo no palco, apesar dos esforços de um jovem paramédico na plateia. No palco, a atriz mirim Kirsten Raymonde assiste tudo, apavorada. Naquela mesma noite, porém, nada daquilo terá importância: surgem notícias de uma gripe, conhecida como Gripe da Geórgia, com taxa de mortalidade de 99%. É o final do mundo como conhecemos... 20 anos depois, a jovem Kirsten é uma sobrevivente e viaja pelo mundo destruído com a Sinfonia Itinerante, apresentando peças de Shakespeare nos povoados que encontra. Intercalando passado e presente, conhecemos o mundo antes e depois da pandemia enquanto o destino traça os caminhos de diferentes pessoas que farão parte essencial da vida uma das outras...

O que eu achei: preciso confessar que comprei esse livro porque ele estava em promoção e porque a sinopse citava Shakespeare... Além disso, nada me indicaria para algo que eu leria por gosto. Teria tudo, então, para ser uma tragédia mas, felizmente, não foi. Gente, que livro delicioso, sério! É uma narrativa super densa e nem um pouco "fofa"... A vida pós-apocalíptica ainda está muito desorganizada, há falsos líderes e falsos profetas, mortes e desaparecimentos e caos, muito caos. E no meio do caos, há música e há arte, tentando fazer sentido de coisas que não necessariamente fazem, sabe? Não há luz, não há combustível, não há cidades, há apenas pessoas... Algumas que se lembram de como era antes e outras que não têm ideia do que um dia foi o mundo... E Shakespeare e música... Interessante, também, os flashbacks, que mostram a vida antes do "fim do mundo" e as maneiras com as quais a vida de alguns dos sobreviventes vai se entrelaçar... Foi uma leitura diferente, bem longe de tanta coisa que seria, normalmente, minha primeira escolha... Mas uma leitura da qual eu não me arrependo... A narrativa da autora é fenomenal e bastante cinematográfica: em vários momentos eu visualizei as cenas que ela descrevia, sabe? E, apesar de eu já ter adivinhado uma parte da história na metade do livro, não foi algo que afetou minha leitura, muito pelo contrário... Foi uma experiência incrível...

Recomendo: sem dúvida nenhuma!! Vale super a pena!

Livro 104 - That Summer (Sarah Dessen)


Sinopse: Haven está tendo um verão do qual só quer escapar: além de estar crescendo rápido demais (aos 15 anos, ela está próxima de ter 1,90), ela tem que assistir ao segundo casamento de seu pai e lidar com o casamento de sua irmã, que torna-se uma pessoa diferente a cada dia... O reaparecimento de um ex-namorado de sua irmã faz com que ela comece a questionar as mudanças em sua vida e desejar que nada nunca tenha mudado... Lidar com esses conflitos internos será, sem dúvida nenhuma, uma das coisas mais complicadas desse verão...

O que eu achei: Ah, Sarah Dessen... Aquele amor, sempre... Esse livro chamou minha atenção por ser mais curtinho do que os outros, mas então descobri que foi o primeiro livro que ela escreveu, então muito fez sentido... A narrativa já tem as características de todos os livros dela, mas a complexidade dos temas é mais sutil e a protagonista se mostra um pouquinho mais "chatinha" do que as outras protagonistas da autora... Nada que chegue a estragar a experiência toda, muito pelo contrário, só achei curioso mesmo... Claro que a diferença também se explica por ela ser mais nova do que as outras protagonistas da Sarah, afinal, a Haven tem só 15 anos e é toda uma outra fase da vida... Anyway, a temática desse livro é sobre auto-confiança e sobre se aceitar naquela fase da vida em que tudo parece dar errado... O grande problema que a Haven enfrenta é que todas a mudanças em sua vida - e são mudanças bastante complicadas - naquela fase da adolescência em que ser alguém já é difícil, sabe? Hormônios, amadurecimento, crescimento... tudo isso já deixa alguém confuso por si só, somados a outras coisas, é claro que fariam a menina sofrer... Terminei o livro hoje, ao chegar do trabalho, e estava aos soluços sentada na cama, com uma cena do final, em que Haven mal consegue lidar com tanto sentimento confuso dentro de si e, pior, não consegue expressá-los...

Recomendo: Sim, sim, SIM! Leiam, gente, Sarah Dessen vale a pena. MUITO!

Título em Português: Aquele Verão

Livro 103 - Os Dois Mundos de Astrid Jones (A.S. King)


Sinopse: Aos 17 anos, vivendo em uma pequena cidade do interior, Astrid Jones sente-se eternamente presa. São as mesmas pessoas, vivendo as mesmas vidas, prontas para apontar o dedo para qualquer pessoa que seja diferente... Para escapar dessa sensação, ela costuma deitar-se no jardim e observar os aviões, criando histórias de liberdade para os passageiros que imagina ali... tudo para esconder seu conflito interno, a eterna divisão entre ser a pessoa que realmente é, ou viver de acordo com o que as pessoas pensam ser correto...

O que eu achei: como vocês sabem, eu tenho o costume de comprar livros levando em consideração capa, enredo e, de vez em quando, recomendações de outros autores. No caso desse livro, comprei pela capa e pelo enredo e me empolguei quando vi uma quote do John Green na capa, recomendando a autora (afinal, ele já fez com que eu conhecesse autores incríveis no passado) mas, infelizmente, não se pode ganhar sempre... A história tinha potencial para ser interessante, mas acredito que o grande problema dela tenha sido a protagonista: GENTE! Que menina chata, minha nossa! Ela reclamou de tudo e mais um pouco, não fazia a menor questão de mudar nada, usava as amizades como moeda de troca, era injusta e egoísta... Foi uma leitura bem complicada, porque eu tenho sérias dificuldades em acompanhar qualquer história se não me apego a personagens (tem que ser uma história MUITO boa para dar certo), mas eu sempre me esforço para ir até o final, esperando alguma mudança na sensação... Que, no caso, não veio. Achei a história mal construída, os personagens superficiais e irritantes e a narrativa enrolada demais. Não curti, para nada, sinto dizer...

Recomendo: Não, não. Sério. Tem coisa MUITO melhor por ai. Passem longe que é a melhor coisa que vocês podem fazer...

Livro 102 - Just Listen (Sarah Dessen)


Sinopse: A vida de Annabel sempre foi aparentemente perfeita. Ela e suas irmãs são modelos, seus pais são presentes em sua vida e sua melhor amiga estava entre as mais populares da escola... Até que as duas brigam e Annabel se vê vivendo uma vida totalmente isolada na escola, sem ninguém. É então que ela se aproxima de Owen, um garoto solitário, apaixonado por música e pela verdade: ele nunca conta mentiras, é honesto o tempo todo. Ao mesmo tempo em que os dois desenvolvem uma amizade, Annabel terá que aceitar verdades sobre si mesma e sobre sua vida que, sem dúvida nenhuma, mudarão seu mundo completamente...

O que eu achei: Gente... GENTE! Sarah Dessen é amor, sério mesmo. Ela vai aparecer bastante por aqui nas próximas semanas, porque eu finalmente consegui comprar todos os livros dela (eu ando caçando a maioria deles desde que me apaixonei por ela, lá em 2013) e eu não consigo não lê-la... A estrutura narrativa dela é sempre bem parecida: protagonistas femininas, jovens, enfrentando muitas das dificuldades com as quais lidamos todos os dias... No caso da Annabel, há temáticas como amizade, auto-estima, família e violência contra a mulher, tudo "escondido" em um livro aparentemente bobo, sabe? Vai ser sempre isso que vai me prender nos livros dela, o fato de que ela escreve narrativas leves, mas com temas sérios... Eu sempre me vejo em lágrimas em algum momento da minha leitura e eu sempre consigo me identificar em algum aspecto da história, o que é impressionante... Outra coisa curiosa é que os livros da Sarah são todos construídos dentro de um mesmo universo, então diversas vezes há menções a outros personagens, de outras histórias, então a gente nunca diz realmente adeus no final do livro... Nesse livro, em especial, apesar de ter curtido a protagonista como costuma ser, me apaixonei mesmo pelo Owen, que me conquistou com sua honestidade declarada e com a paixão por música - qualquer que seja... Foi muito amor, gente, sério mesmo...

Recomendo: sim, sim! Como sempre, as leituras da Sarah são minha primeira recomendação para quem curte coisas leves, mas não superficiais...

Título em Português: não foi lançado por aqui ainda, infelizmente...

Livro 101 - A Playlist de Hayden (Michelle Falkoff)



Sinopse: Sam e Hayden ficaram amigos ainda crianças e compartilhavam do mesmo sentimento de solidão e de não se encaixarem no mundo em que vivem. Quando as coisas ficam pesadas demais, porém, Hayden não consegue e acaba cometendo suicídio, deixando seu melhor amigo para trás, para recolher os cacos e tentar entender o que aconteceu. Tudo que Sam tem de seu amigo é uma estranha playlist que ele deixou, com músicas que não necessariamente fazem sentido... Ouvindo as músicas e observando várias coisas ao seu redor, Sam vai tentar entender os motivos de Hayden e tentar encontrar seu lugar num mundo que não é - e nunca será - fácil...

O que eu achei: então... eu comprei esse livro porque me interessei pela história, achei que podia ser uma daquelas que me faria chorar e refletir sobre 1001 coisas... Infelizmente, errei. A leitura foi rápida, mas nem um pouco interessante. Não consegui sentir pelos personagens, sabe? Tudo me parecia muito superficial, muito forçado e, honestamente? Um bocado estúpido. A autora tentou criar um "suspense" com relação ao que aconteceu com os "bullies" de Hayden, mas até isso foi óbvio... Sei que terminei o livro com uma sensação de nada, sabe? Não tive lágrimas, não tive riso, não lidei com reflexões e nem me apeguei a personagem nenhum. Simplesmente passei pela história como se fosse a coisa mais normal do mundo...

Recomendo: Não. Sério, eu já li 101 livros esse ano, tem MUITA coisa boa no meio e esse não é um deles...

Livro 100 - Carry On (Rainbow Rowell)


Sinopse: Simon Snow é o pior Escolhido que poderia existir - essa é a opinião de seu colega de quarto, Baz que, apesar de ser um vampiro, um idiota e de já ter tentado acabar com Simon mais de uma vez, não costuma estar errado. A verdade é que apesar de ser extremamente poderoso, Simon não consegue controlar sua mágica: mal consegue fazer a varinha funcionar e vira e mexe está explodindo qualquer coisa a sua volta. Para completar, seu mentor o está ignorando e sua namorada terminou com ele de repente! Baz, seu maior inimigo, nem pode dizer nada sobre a situação, já que está desaparecido, e há um maligno ser mágico destruindo toda a magia do mundo... Tudo isso no seu último ano em Watford, a escola para Magos onde ele passou os melhores momentos de sua vida...

O que eu achei: Sim, sim, essa sinopse é estranhamente familiar, eu sei. E é por isso que é tão absurdamente genial... Simon Snow foi um personagem criado pela Rainbow em Fangirl (livro este que, por sinal, é um eterno favorito porque foi escrito pra mim. Certeza) e a própria autora diz que gostou tanto do pouco que criou desse universo, que o personagem meio que criou vida própria e foi daí que surgiu Carry On... Gente, sério, eu mal sei o que falar... Sou muito suspeita pra falar da Rainbow, ela me conquistou desde as primeiras palavras, mas parece que a cada história que ela me traz, mais amor eu tenho... E não foi proposital, juro, mas esse livro ter sido o 100º do ano caiu como uma luva... As narrativas da Rainbow são sempre especiais: mesmo quando ela está contando coisas absurdas, ela faz de forma "pé no chão", sabe? Dá para acreditar nos personagens, mesmo quando eles estão fazendo mágicas absurdas (detalhe GENIAL: os feitiços são trechos de letras de músicas! Ri alto trocentas vezes). Claro, há todo um feeling de Harry Potter lendo esse livro, mas ao mesmo tempo, não tem absolutamente nada a ver... Fica difícil explicar quando a verdade é que tudo o que eu quero é falar sobre como esse livro é bom e perfeito e incrível e cheio de personagens fenomenais... É como se fosse o último livro da série, mas por meio de diálogos e lembranças, a gente fica sabendo do que teria acontecido de realmente importante nos livros anteriores, enquanto o clímax da história - a grande batalha - vai se aproximando e se construindo, pouco a pouco... Tem um pouco de tudo aqui: tem magia, tem fantasma, tem amor... Tem vilões e tem mocinhos, tem surpresas e tem coisas óbvias, tem lágrimas e tem riso... Foi uma leitura cheia de empolgação e cheia de amor, daquelas que eu não queria que acabasse, sabe? Mas, mesmo assim, era deitar na cama e abrir o livro que o sono ia embora e eu viajava para lugares distantes da companhia de um bruxo absurdamente atrapalhado, mas apaixonado ao mesmo tempo... E, sim, eu sei que essa resenha mais parece uma loucura de fangirl alucinada, mas sabe de uma coisa? Não consigo evitar. Esse livro entra, definitivamente, para a lista daqueles que amarei para sempre e mais um pouco...

Recomendo: SEM DÚVIDA! Quem é fã da Rainbow precisa ler esse livro, quem é fã de Harry Potter precisa ler esse livro, quem gosta de leituras leves, mas com profundidade sutil, precisa ler esse livro... Sério, gente, leiam esse livro!

Título em Português: Ainda não temos por aqui, mas como todos os outros livros dela foram traduzidos - e sucesso! - certeza que logo ele aparece nas nossas terras...

Livro 99 - Stardust (Neil Gaiman)


Sinopse: Em uma pequena cidade no interior da Inglaterra, chamado Muralha, a vida sempre foi tranquila. A única coisa que todos ali sabem, é que ninguém deve atravessar a muralha, pois atrás dela há mistérios com os quais não se pode lidar... Tristan Thorn é um jovem habitante do vilarejo e está perdido de amores pela bela Victoria Forester. Ela promete casar-se com ele, mas apenas se ele for buscar para ela uma estrela cadente. Para completar essa missão, Tristan vai passar por uma falha na muralha e, do outro lado, conhecerá criaturas incríveis e viverá aventuras das quais nunca se esquecerá...

O que eu achei: esse livro me veio muito bem recomendado por uma colega de trabalho que é tão book crazy quanto eu, então eu mal podia esperar para ler... Eu já tinha ouvido falar dessa história (preciso correr atrás do filme agora) e já tinha tentado ler um livro desse autor (mas era um mais assustador, então deu medo), e ela insistiu ao ponto de me emprestar o livro, então não tinha como não ler, né? E, gente, me surpreendi... Que narrativa DELICIOSA! Achei tudo muito fluido e longe de ser pesada, apesar de narrativas "épicas" terem essa tendência... Encantei-me com vários personagens, fiquei ansiosa em vários momentos, querendo saber o que viria depois, sabe? Hoje mesmo, li na fila do ônibus, dentro do ônibus e quando cheguei em casa, não parei até terminar... Muito bom, mesmo!

Recomendo: sim, sim! Quem gosta de coisas épicas e cheias de fantasia PRECISA ler esse livro...

Título em Português: O Mistério da Estrela - Stardust

Livro 98 - Amor Amargo (Jennifer Brown)


Sinopse: A formatura de Alex está chegando e, junto com ela, a viagem para o Colorado que ela vem planejando com seus melhores amigos desde que tinha 8 anos. Tudo parece correr como o planejado, até o surgimento de Cole, um menino que se muda para a escola deles e passa a dar muita atenção para ela. Encantador, sensível, bonito e astro dos esportes, ele parece ser tudo que Alex sempre sonhou e se Bethany e Zach, seus melhores amigos, não conseguem entender o namoro, ela não se importa: tudo o que ela quer é sentir-se amada por Cole... Até que ela começa a conhecê-lo melhor e, de repente, percebe que as aparências enganam, e muito...

O que eu achei: fiz uma outra leitura da autora no começo do ano, que me surpreendeu pela maneira como ela tratou um tema polêmico, então quando vi que havia um outro livro dela, resolvi ler também... Novamente, fui surpreendida positivamente. A narrativa é feita em primeira pessoa - pelo ponto de vista da Alex - que é claramente uma menina complexa. Perdeu a mãe muito cedo e nunca teve certeza dos sentimentos dela, do pai e das irmãs... Solitária, sua única família são seus dois melhores amigos, mas o surgimento de alguém querendo oferecer amor tão facilmente faz com que ela se doe completamente, sem pensar nas consequências... Mais uma vez, a autora trata de um assunto complicado - relacionamentos abusivos - mas de uma maneira que não é clichê, sabe? Nada é dramático demais, nada é forçado demais, tudo me parece realista ao extremo... Virei a noite para terminar esse livro e não me arrependi... Chorei, fiquei com raiva, dei risada e fiquei emocionada... Foi um turbilhão de emoções que eu amei muito conhecer e, quando acabou, ficou aquela sensação de dever cumprido, sabe? Com certeza a autora estará entre aquelas que eu sempre busco...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! Está bem longe de ser um romance simples como muito do que eu leio, é uma leitura difícil em alguns momentos, mas vale MUITO a pena...

Livro 97 - O Confidente (Hélène Gremillon)


Sinopse: Paris, 1975. Depois da morte de sua mãe, Camille está recebendo mensagens de pêsames, com as quais não sabe lidar. Entre as mensagens, porém, ela passa a receber uma série de cartas misteriosas, escritas a mão e sem remetente, que contam a história de um jovem chamado Louis, apaixonado por uma garota chamada Annie, na época da guerra. Sem entender por que recebe aquelas cartas, Camille não consegue parar de lê-las e passa a buscar respostas no presente para aquele misterioso passado que se desenrola...

O que eu achei: não sei dizer, exatamente, o que me levou a comprar esse livro. Talvez tenha sido a torre na capa, talvez tenha sido um impulso, não sei. Só sei que comprei e, por algum motivo também obscuro, quando ele chegou, acabou sendo o primeiro do "grupo" que eu li. A leitura foi mais rápida do que eu imaginava por dois motivos: 1º porque é em português e eu sempre leio mais rápido em português; e 2º porque eu cheguei em um determinado ponto em que não conseguia mais parar... Ai aproveitei que era feriado e praticamente virei a noite de sábado para domingo lendo... A verdade é que o livro é bom, mas não é tudo que parecia ser quando comecei a ler e não conseguia mais largar.. A narrativa alterna o presente (1975) com as cartas, que narram a época pré e pós 2ª Guerra e a história de amor de Louis e Annie... Minha conclusão foi que a ideia é boa, mas a execução foi falha: a narrativa é interessante, mas acabou construída de maneira previsível e o final foi absurdamente abrupto e anticlimático... Esperava mais pela empolgação que senti no final da leitura mas acabei me decepcionando...

Recomendo: então, é um bom livro, mas sei lá. Acho que tem coisa melhor por aí...

Livro 96 - What Happened to Goodbye (Sarah Dessen)


Sinopse: Desde o divórcio de seus pais, McLean aprendeu a se reinventar. Viajando pelos EUA com seu pai, que é consultor de restaurantes, ela nunca fica muito tempo em apenas um lugar e, por esse motivo, passou a criar diferentes versões de si mesma, para deixar para trás a pessoa que um dia ela foi. Pela primeira vez, porém, McLean se vê fazendo amigos de verdade e desejando ser quem é de verdade - embora, infelizmente, ela não saiba quem. Dave, seu vizinho do lado, será a pessoa que a ajudará? Ou será que essa é uma jornada que ela só pode fazer sozinha?

O que eu achei: Sarah Dessen é amor e Sarah Dessen sempre me faz chorar e refletir sobre um milhão de coisas a cada página, é impressionante... Novamente, a protagonista é também a narradora e vamos conhecendo, aos poucos, a sua história. A verdade é que ela ficou muito traumatizada com o fim do casamento dos pais, então quando surgiu a oportunidade de sair de casa e viajar com o pai, ela mal podia esperar para deixar seu passado para trás... Já a encontramos, porém, nessa última cidade, antes dela saber que as coisas por ali serão diferentes... E o que foi mais incrível, foi acompanhar junto com ela essa evolução e descobrir por que, exatamente, ela se sente tão desligada do mundo, a ponto de não fazer nenhuma questão de manter laços por onde partiu... Lágrimas vieram, claro, mas vale a pena. É uma leitura sobre adolescência, sobre vida adulta, sobre viver o presente sem deixar o passado para trás... Foi uma leitura deliciosa, sem dúvida nenhuma...

Recomendo: sem dúvida! A Sarah é uma autora bem típica, que trata de temas teen, mas com um toque adulto... São leituras leves, sim, mas carregadas de significado...

Título em Português: O que aconteceu com o adeus?

Livro 95 - The White Rose (Amy Ewing)


Sinopse: Desde os 13 anos, Violet foi preparada para servir à nobreza na Joia, o círculo mais rico da Cidade Solitária. Quando atingiu seu objetivo, porém, ela descobriu que as coisas não eram tão simples e se viu em situações de intensa crueldade, até se apaixonar e ser obrigada a tomar uma decisão que mudará todo o seu destino. Fugindo de sua proprietária, Violet se encontrará em lugares inesperados, e receberá ajuda de pessoas surpreendentes, a caminho de um lugar onde poderá, de uma vez por todas, descobrir o tamanho de seu poder e de sua importância na necessária mudança da sociedade em que vive...

O que eu achei: segundo livro de uma trilogia em produção, eu mal podia esperar para ler essa história, depois de ter me apaixonado pelo primeiro. A verdade é que, sim, eu adoro esses universos distópicos e cada descoberta me deixa mais empolgada do que a última, mas esse foi realmente um achado (que eu comprei só porque a capa me lembrou Seleção, confesso!). Então, encontramos Violet novamente, uma protagonista daquelas que é forte, questionadora e um pouco confusa - afinal, tem apenas 16 anos! E já a encontramos exatamente onde a deixamos no primeiro livro, então mal há tempo para respirar entre capítulos... A correria da fuga é presente mais ou menos na primeira metade da história e, depois dela, vem uma calmaria que é prenúncio do que virá no terceiro livro... Conhecemos novos personagens, aprofundamos nosso conhecimento dos personagens anteriores - todos eles, sem exceção - e descobrimos mais detalhes sobre o universo criado pela autora... De repente, a estrutura da Cidade Solitária começa a fazer sentido e há toda uma parte mais sobrenatural que passa a ter maior importância... E mesmo sem saber, exatamente, de onde veio essa parte do enredo, a história está tão bem construída, que faz todo o sentido do mundo... A construção da narrativa é, então, muito bem feita, o que torna a leitura ainda mais agradável - embora bem tensa em muitas situações... O livro termina de uma maneira ainda mais tensa do que o primeiro e, o mais triste? Ainda não tem previsão de lançamento do próximo...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! Fãs de distopias, por favor, corram atrás. Vale MUITO a pena!

Título em Português: ainda não saiu por aqui, mas não tenho dúvidas de que ele virá...

Livro 94 - This Lullaby (Sarah Dessen)


Sinopse: Remy tem sua vida programada desde que se lembra, e tudo o que mais deseja é sair de casa e ir estudar do outro lado do país, em Stanford. Acostumada em ver sua mãe entrar e sair de casamentos, a garota já se convenceu de que o amor não é algo real e determinou uma série de regras para nunca se apegar aos garotos com quem se envolveu. Até que no seu último verão antes de finalmente ir para Stanford, ela conhece Dexter. Ele não tem nada dos garotos com quem se envolve, principalmente por ser músico, o tipo de pessoa com quem ela sempre jurou não se envolver e, desde o princípio, o relacionamento sai de sua programação... Lidar com esses estranhos sentimentos é a última coisa que ela precisa mas, ao mesmo tempo, fugir de Dexter parece não ser uma opção...

O que eu achei: foi lá em 2013 que eu comprei um livro da Sarah Dessen pela primeira vez, levada por uma capa adorável e uma sinopse fofa. Mal sabia eu que estava comprando mais do que uma simples história adolescente e, muito menos, que me tornaria fã da autora. Sempre busco encontrar outros livros dela - infelizmente, encontrá-los em inglês está cada vez mais difícil. Essa minha última leitura, novamente, me fez rir e chorar na mesma intensidade - como deve ser com os bons livros. O livro é todo narrado pela Remy e a já a conhecemos formada na escola, se preparando para um último verão com as amigas. Só que a Remy é totalmente diferente das protagonistas da Sarah e, consequentemente, das protagonistas desse tipo de livro. Ela é livre e cética ao extremo... Não é daquelas que apenas diz que não acredita no amor mas, secretamente, espera por alguém - ela simplesmente é desligada dessa parte de si e não faz a menor questão dela. Tanto que o envolvimento dela com o Dexter é, na maior parte do tempo, bem mais dele do que dela, porque ela claramente coloca uma grande distância entre eles... E, curiosamente, esse sentimento não está só relacionamento a essa parte de sua vida... Ela também se coloca relativamente distante da mãe, do irmão e das melhores amigas, deixando claro o quanto ela foi "arruinada" pela infância confusa e pelos sentimentos conflitantes com relação aos casamentos da mãe... É uma história que fala mais do que de amor adolescente, fala de amor próprio, de sentir-se com direito de amar e ser amado... Foi, como não poderia deixar de ser, uma deliciosa leitura, que quando acabou me deixou com um certo vazio, sim, como tem que ser...

Recomendo: sim, sim. Não é uma leitura complexa, mas também não é das mais leves que já passaram por aqui. É uma leitura que merece ser feita por quem gosta de histórias desse tipo, de descobertas, de amor e de amizade...

Título em Português: infelizmente, não foi lançado na nossa terra, ainda...

Livro 93 - A Formatura (Joelle Charbonneau)


Sinopse: Tudo o que Cia sempre quis, era participar do Teste e tornar-se uma peça importante na reconstrução do mundo pós-guerra no qual ela vive. O que ela não sabia, porém, era que o Teste seria tão diferente do que promete ser e que a verdadeira reconstrução dependerá dela... Ela precisa liderar uma equipe que está longe de ser profissional e se preparar para enfrentar grandes dificuldades pra acabar de vez com o Teste e criar uma sociedade mais justa, para todas as pessoas...

O que eu achei: affe, esse terceiro livro é muito tenso!! Uma das coisas que chamou minha atenção nessa trilogia é que, como em Hunger Games, a autora não tem medo de matar pessoas. É só a situação pedir, que tem tiros, tem sangue, tem mortes. E todas fazem sentido, nenhuma é infundada, sabe? Por isso, já aviso, é aquele livro que faz com que você fique comendo os cabelos de nervoso, porque nunca se sabe o que os protagonistas encontrarão nas próximas páginas... Sem contar que rola aquela sensação de não saber em quem confiar, sabe? E como o livro é narrado em primeira pessoa, ficamos com a mesma sensação da narradora que, muitas vezes, fica bem perdida... O livro termina numa high note mas, confesso, esperava uma coisa mais pesada para o final... Apesar disso, porém, não decepcionou...

Recomendo: Para os fãs de distopias: SEMPRE!

Livro 92 - Estudo Independente (Joelle Charbonneau)


Sinopse: Aos 17 anos, Cia Vale parece ter tudo o que sempre sonhou: uma vaga na Universidade e a possibilidade de fazer parte da reconstrução do mundo pós-Guerra. Apesar dos esforços do governo para que ela não se lembre do Teste, sua memória começa a voltar e logo ela perceberá que, talvez, a forma que o governo escolhe seus futuros líderes não é a melhor maneira possível... Apesar de jovem, ela então se dará conta de que deverá tomar a maior das decisões de sua vida: ignorar seus sentimentos e trabalhar para a reconstrução do mundo ou lutar contra o Teste e mostrar o quão injusta e cruel são as decisões do Governo...

O que eu achei: well, é uma trilogia distópica típica, então os livros vão mesmo melhorando. Se em O Teste eu demorei um pouco para pegar o ritmo, no caso desse segundo livro eu já comecei empolgada e ansiosa para saber mais... Encontramos Cia como narradora/protagonista novamente, mas há uma sensação diferente na leitura desse livro: ela não se lembra muito bem de todos os detalhes do primeiro livro, mas nós lembramos. Então, enquanto ela luta para se lembrar e para lidar com determinados sentimentos, eu fiquei um pouco surtada, porque queria gritar com ela para ela não tomar as decisões erradas, sabe? É um ótimo segundo livro, que apresenta novos personagens, novos mistérios e muitas teorias que são respondidas aos poucos...

Recomendo: sim, sim! Fãs de distopias, corram atrás, vale a pena!

Livro 91 - O Teste (Joelle Charbonneau)


Sinopse: Em um futuro distópico, o que um dia foram os Estados Unidos, é hoje a Comunidade das Nações Unificadas. Depois dos chamados Sete Estágios da Guerra, o mundo foi destruído e luta para se recuperar e tornar-se 100% habitável novamente. Malencia "Cia" Vale é habitante da Colônia Cinco Lagos e sempre sonhou ser uma das selecionadas para o chamado Teste, que é a única maneira de um jovem da Comunidade entrar na Universidade e ser algo importante para a reconstrução do mundo. Quando, na sua formatura, ela é selecionada, mal consegue conter sua emoção. Seu pai, porém, a alerta: também participou do Teste e quer que a filha saiba que as aparências podem enganar... Sem saber em quem confiar - e muito menos se está preparada para o que virá - Cia parte em busca do desconhecido, sem saber se um dia voltará para casa...

O que eu achei: ah, eu e as distopias deliciosas... Eu sei que parece tudo igual e previsível e, apesar das premissas serem as mesmas, eu não consigo deixar de me sentir interessada e intrigada com todas as leituras que eu faço... Confesso que, no caso desse livro, demorei um pouco mais do que o normal para pegar o ritmo mas, quando aconteceu, eu logo estava alucinada, querendo saber mais e mais... Nessa trilogia, encontramos o mundo virtualmente destruído por uma Guerra Mundial que acabou com grande parte da humanidade e com quase todos os recursos naturais. A Comunidade Unida é fechada e muito bem organizada e o Teste parece ser a única maneira que os jovens das colônias - que são regiões afastadas do centro, com menos recursos que a cidade - tem para serem maiores do que são... Só que o Teste é muito mais do que uma série de provas, ele acaba se mostrando um exercício de liderança, de medo e, principalmente, de confiança e eu me peguei querendo xeretar as páginas seguintes para ver o que ia acontecer, sabe? A Cia é a narradora e protagonista e aparece acompanhada, claro, de um protagonista masculino, o intrigante Tomas. Juntos ou separados, os dois enfrentarão provações que nenhum jovem de 16 anos teria que enfrentar e a história vai se construindo de uma maneira sensacional...

Recomendo: sim, sim! Pra quem é fã de distopias no estilo Jogos Vorazes e Divergente, é um prato cheio...

Livro 90 - Destinado: As memórias secretas do Sr. Clarke (Carina Rissi)


Sinopse: Ian Clarke é um homem de sorte: de boa família, encontrou o amor na figura da complicada Sofia, que escolheu abandonar seu mundo para ficar ao lado dele. Fácil ele sabe que nunca será, afinal sua linda esposa é diferente de tudo que ele conhece... Sua vida aparentemente perfeita, porém, começa a desmoronar no aniversário de sua irmã. Elisa que acaba se tornando alvo de um escândalo e Ian precisa fazer o possível para ajudá-la. Ao mesmo tempo, um detalhe do passado volta para assombrá-lo e, apavorado com a possibilidade de perder Sofia, Ian tomará decisões que poderão mudar completamente seu destino... 

O que eu achei: confesso que fiquei com um pé atrás quando li sobre isso, porque achei que a história de Perdida/Encontrada tinha tido um final perfeito no segundo livro e odeio a ideia de estender histórias desnecessariamente, porque acredito que isso causa desgaste nos personagens... Carina Rissi, porém, me provou errada... Primeiro porque ela mudou o ponto de vista da história e esse livro é inteiramente narrado pelo Ian que, obviamente, não tem nada a ver com as ideias malucas (e do século XXI) da Sofia. Foi uma decisão que se mostrou acertada, porque trouxe um ar de novidade, sabe? E o segundo motivo no qual me vi errada, foi que a Carina conseguiu contar uma história nova, totalmente plausível no universo que ela contou, sem estragar absolutamente nada do passado... Foi uma experiência deliciosa e eu fiquei com aquela sensação maravilhosa de não querer que o livro terminasse ao mesmo tempo em que mal podia esperar pelo que viria pela frente... Esses personagens são, definitivamente, meus favoritos e eu prometo nunca mais duvidar da Carina Rissi...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! É um romance delicioso, totalmente surreal ao mesmo tempo em que é cheio de verdade... E, claro, pra quem leu Perdida/Encontrada é obrigatório!!

Livro 89 - Champion: Do Caos e da Lenda Surgirá Um Campeão (Marie Lu)


Sinopse: Ele é uma lenda, ela é um prodígio e, juntos, eles ajudaram a República quando foi necessário. Uma guerra, porém, é mais eminente do que deveria ser e, novamente, June e Day precisam fazer escolhas que mudarão a si próprios e, principalmente, o mundo em que vivem... Determinadas escolhas, porém, por mais inevitáveis que sejam, trarão consequências imutáveis...

O que eu achei: encerramento de trilogias é sempre potencialmente agridoce: despedir-se de personagens que tornaram-se queridos pode ser bastante complicado, ao mesmo tempo em que é agradável ver peças encaixando-se em uma história que aprendemos a conhecer... Foi o que aconteceu nesse caso... Ontem mesmo, quando estava a alguns capítulos de terminar, apesar de estar me roendo de vontade de saber o que acontece, deixei o livro de lado, só por uma noite, para dar mais tempo ao tempo e prolongar a despedida... Mas chega uma hora que não dá mais e eu precisava saber o desfecho... E, affe, valeu a pena. Ri e chorei na mesma intensidade e amei cada segundo... Não quero entrar em muitos detalhes, para não estragar a leitura de ninguém, mas saibam que, como nas melhores trilogias distópicas que há por ai, o final não é 100% feliz - e nem poderia ser - mas é 100% satisfatório; felizmente!

Recomendo: sim, sim, SIM! Fãs de distopias, corram atrás!!

Livro 88 - Prodigy: Os Opostos Perto do Caos (Marie Lu)


Sinopse: Em um futuro distópico em que os Estados Unidos estão divididos em duas nações: a República e as Colônias, uma guerra está sendo travada, em busca de poder e território, entre esses dois governos. Day, o criminoso mais procurado da República, e June, sua prodígio mais celebrada, já lutaram em lados opostos uma vez mas, depois de várias descobertas, se encontram lutando por um objetivo em comum. O que eles não imaginam são as consequências que essa luta terá em suas vidas...

O que eu achei: se é que isso é possível, acho que esse livro é ainda melhor do que o primeiro. Talvez porque, nesse ponto, as personagens já estejam estabelecidas e, consequentemente, meu relacionamento com elas também, mas eu simplesmente pirei durante a leitura... Uma vez mais, continuamos alternando os pontos de vista do Day e da June e os dois, apesar de concordarem em uma série de coisas, continuam com visões diferentes em muitos aspectos, o que torna a narrativa bastante atraente. Difícil é saber, exatamente, o que acontecerá e como cada uma deles reagirá, o que tornou a leitura absurdamente interessante... Nesse livro, conhecemos outros personagens e alguns me conquistaram de jeito, o que, na minha opinião, demonstra a força da narrativa, afinal, não são eles que contam a história e, mesmo assim, eles têm o poder de encantar o leitor... Esse livro tem um pouco mais de ação e, claro, o sempre presente romance: mas este último não é o ponto central da história, muito pelo contrário... Foi, uma vez mais, uma leitura deliciosa, que eu não queria que acabasse...

Recomendo: mas é claro! Fãs de distopias PRECISAM conhecer!

Livro 87 - Legend: A Verdade Se Tornará Lenda (Marie Lu)


Sinopse: Em um futuro distópico, os Estados Unidos estão divididos em dois territórios: a República e as Colônias. A vida na República é bem organizada: as crianças, ao completarem 10 anos, devem realizar uma Prova física e mental, que determinará seu futuro no país: seu emprego, onde vai viver, quanto vai ganhar. Day é o criminoso mais famoso da República, notório por seus golpes contra a nação e por sempre escapar facilmente. June é a prodígio da República, a única jovem a fazer a pontuação máxima na Prova, herdeira de uma das famílias mais tradicionais da nação. Os caminhos dos dois se cruzarão quando o irmão de June for assassinado - e Day for o único suspeito. Sedenta por vingança, June entrará de cabeça na busca pelo jovem criminoso, sem saber que o que encontrará terá consequências das quais ela não conseguirá escapar...

O que eu achei: esse é mais um livro que constantemente aparecia nas minhas buscas relacionadas mas que, por mil motivos diferentes, eu acabava não comprando. Até que um dia surgiu a oportunidade, eu comprei e só tenho a agradecer por isso. Gente... QUE LIVRO BOM!!! Sim, sim, é mais uma trilogia distópica e você pode até dizer que eu já li demais de livros assim, mas a verdade é que, quando são bem escritos, esses livros são MUITO bons! Primeira diferença que senti, foi na inversão de protagonistas: nesse caso, o rapaz é o jovem humilde que decide se rebelar e a garota é a funcionária da sociedade que precisa combatê-lo. A narrativa alterna os dois pontos de vista e, dessa forma, conhecemos as visões que ambos têm do mundo em que vivem. Day foi criado nos setores pobres, June nos setores mais ricos e cada um vê a República de uma maneira diferente. Eles até mesmo veem seu encontro de maneiras diferentes, sabe? Apesar da premissa ser muito parecida com tantas outras, o livro tem sua força nas personagens, como deve ser. Quando as personagens são bem construídas, não importa a história que está sendo contada, pois nos envolvemos com as pessoas que vivem a história. E é bem esse o caso: tanto Day quanto June são dois jovem deveras arrogantes, com personalidades fortes e crenças bem determinadas... De repente, ambos têm que enfrentar certas situações para as quais não estão preparados e as escolhas que fazem nesse processo acabam por moldar o resto da história, de uma maneira fenomenal...

Recomendo: sim, sim, SIM! Fãs de histórias distópicas irão pirar, sério mesmo.

Livro 86 - BlackBird: A Fuga (Anna Carey)


Sinopse: Uma garota acorda nos trilhos do metrô, atordoada. Não sabe como foi parar ali, não sabe seu nome, não se lembra de nada. Com ela, uma mochila com uma troca de roupas, dinheiro em espécie, um número de telefone e uma mensagem pedindo que não entre em contato com a polícia. Perguntas tomam conta de sua mente: quem é ela? O que ela está fazendo ali? O que significa a estranha tatuagem de um pássaro em seu pulso, com um código estranho? Não há tempo, porém, de pensar muito: ela logo vai descobrir que está sendo caçada e precisa fugir. O problema será descobrir em quem confiar...

O que eu achei: algumas alunas me recomendaram esse livro, que também apareceu muitas vezes em buscas relacionadas nas minhas compras... Como gostei bastante dos outros livros da autora que li, achei que valia a pena comprar... Infelizmente, não foi bem assim. A primeira coisa que me incomodou, e muito, no livro foi a narração em 2ª pessoa. Eu entendo que a autora provavelmente quis inovar, mas, para mim, não deu nem um pouco certo. Talvez eu seja mais tradicionalista do que eu pareço ser, ou talvez tenha sido a história e as personagens que não me agradaram, mas a verdade é que li o livro todo irritada. Além disso - ou talvez por causa disso - não consegui me envolver o suficiente na história para me apegar à protagonista, ou seja, não conseguia torcer por ela, sofrer por ela, sentir com ela... E, na minha vida de leitora alucinada, se não rola esse envolvimento, a experiência não está completa...

Recomendo: não, infelizmente, não. Tem muita coisa melhor por ai para ser recomendada...