Livro 65 - Sever (Lauren Destefano)


Sinopse: O tempo parece passar mais rápido quando se sabe, exatamente, a data de sua morte. Para Rhine, é ainda mais desesperador, já que ela parece não conseguir fugir das garras de seu terrível sogro, Vaughn. O médico parece estar sempre um passo a sua frente e mesmo quando ela parece ter feito uma nova descoberta, ele interfere de alguma maneira. Para piorar a situação, o passado da garota - que nunca lhe pareceu tão importante - passa a assombrá-la e as descobertas que ela fará poderão mudar não apenas o seu futuro, mas o futuro de todas as pessoas que ela conhece...

O que eu achei: gente, como eu posso explicar o que eu senti lendo esse livro? Foi daqueles que eu não conseguia largar nem na escada rolante do metrô (e quase cai no chão, no meio da Paulista, por causa disso), foi daqueles que me obrigou a quase virar a noite lendo (felizmente ainda estava de férias, então foi uma micro loucura). A narrativa, que já havia me cativado lá no primeiro livro, tornou-se ainda mais apaixonante e eletrizante nesse terceiro livro. Eu ficava o tempo todo com a impressão de que alguma coisa podia dar errado (e várias vezes deu, claro), eu fiquei intrigada com vários aspectos, eu queria ler mais e mais. E foi assim até os últimos capítulos: eu praticamente roendo as unhas de nervoso enquanto a Rhine passava por tudo possível e imaginável na busca dela pela família, pela verdade e, acima de tudo, pela liberdade. Como falei antes, foi um livro fácil de me apaixonar exatamente porque carrega, em sua história, tudo o que as outras trilogias do gênero carregam - e porque tem uma protagonista fortíssima e simplesmente fantástica, que entrou no hall das preferidas de onde nunca mais sair... E, claro, foi daqueles livros que quando terminou, deixou vazio... Queria ler mais, queria saber mais, queria continuar participando da vida desses personagens que foram constantes durante tanto tempo...

Recomendo: SIM! Como disse antes, qualquer pessoa que curtiu, como eu, as trilogias de Jogos Vorazes e Divergente vai devorar isso ai sem nem pensar duas vezes...

Título em Português: infelizmente, ele não foi lançado por aqui...

Livro 64 - Fever (Lauren Destefano)


Sinopse: Na segunda parte da trilogia que começou em Wither, continuamos a acompanhar Rhine na jornada para encontrar sua casa e fugir da figura terrível que é seu sogro, Vaughn. Infelizmente, as coisas não são tão simples quanto os livros que ela lê e as histórias que seus pais contavam. Pouco a pouco, Rhine vai descobrir terrores sobre os quais não tem controle e dos quais ela não vai conseguir se libertar tão facilmente...

O que eu achei: Gente, eu li o livro em 24 horas, será que eu gostei? Novamente, o livro é todo contado pelo ponto de vista da Rhine que provou ser, ainda mais, uma das personagens que carregarei comigo para sempre, porque me irrita na mesma intensidade que me encanta (Tris e Katniss, estou olhando para vocês!). Uma vez mais, o interessante do enredo é acompanhar uma sociedade em clara decadência, em que os jovens têm data de validade e os velhos não querem se apegar a ninguém por medo do sofrimento ao perdê-los. Existe uma clara disputa entre a esperança e o desespero e a Rhine representa esses dois sentimentos perfeitamente, porque ela varia de um para o outro numa intensidade fora do comum. Fazia tempo que eu não encontrava uma personagem tão forte e tão frágil ao mesmo tempo... E sabe o que é mais interessante? Apesar da dose obrigatória de romance, não é isso que é o foco principal do livro. Por muito tempo, durante a leitura, eu esqueço de "torcer" pra um ou outro casal, o que importa, mesmo, é se envolver com os personagens sabendo que alguns deles têm pouquíssimo tempo de vida e não podem fazer nada com relação a isso...

Recomendo: para todos os fãs das famosas distopias - Jogos Vorazes e Divergente - será um prato cheio...

Título em Português: infelizmente, não temos esse livro por aqui... 

Livro 63 - Ele Está de Volta (Timur Vermes)


Sinopse: Na cidade de Berlim, no ano de 2011, Adolf Hitler acorda em um terreno baldio, sem ter a menor ideia do que aconteceu. Suas últimas lembranças são totalmente diferentes do mundo que ele enxerga hoje em dia: não há mais nazismo, não há mais Eva Braun e seu país está sendo governado por uma mulher! Enquanto ele tenta entender o que acontece, é reconhecido na rua, claro, como um ótimo imitador que não sai nunca do personagem. E fica cada vez mais conhecido por isso...

O que eu achei: o enredo desse livro me chamou a atenção desde o início... A ideia parece absurda - e é - mas é um recurso absurdamente interessante para que o autor coloque a nossa sociedade atual em perspectiva e nos obrigue a fazer uma série de análises sobre vários aspectos desse mundo em que vivemos. O livro é engraçado na maior parte do tempo, porque é todo narrado pelo ponto de vista do Hitler, então acompanhamos toda a linha de raciocínio dele. Mas nem só de risadas minha leitura foi feita... O livro também é um pouco constrangedor e desconfortável, exatamente porque expõe vários aspectos da nossa sociedade sobre os quais a gente nem sempre quer pensar, sabe? É uma leitura bem diferente de tudo que eu tenho feito, mas muito interessante...

Recomendo: sim, mas é uma leitura mais particular do que a maioria das que aparecem por aqui. É preciso se interessar por história, política e não se importar em rir de coisas que a gente não riria normalmente...

Livro 62 - Veronica Mars: The Thousand Dollar Tan Line (Rob Thomas e Jennifer Graham)


Sinopse: Depois de anos longe de Neptune, construindo uma vida para si em Nova York, Veronica Mars está de volta - e não pretende partir. Apesar de tudo, ela sente que seu lugar é na pequena cidade, trabalhando com seu pai na Mars Investigation, fazendo aquilo que a faz feliz. Claro que fácil não é mas antes que ela possa pensar em mudar de ideia, um grande caso lhe é apresentado: uma adolescente desaparece, sem deixar vestígios, durante a semana de spring break, em uma festa na cidade. O xerife não parece muito interessado em investigar, então lá vai a jovem detetive, fazer tudo o que pode - e até mesmo o que não pode - para descobrir a verdade. Mesmo que isso signifique colocar a própria vida em risco...

O que eu achei: gente... é Veronica Mars! Como não amar? Para quem não conhece, Veronica Mars foi uma série de sucesso nos EUA, que contava a história de uma jovem - a do título - que motivada pela morte misteriosa da melhor amiga decide ajudar o pai e se torna meio que uma detetive particular adolescente. Extra oficialmente, claro, a garota investiga todos os tipos de crime e se mete em todos os tipos de problema, mas sem nunca perder o charme e, claro, sua língua ferina - e acabou sendo mesmo conhecida pelo sarcasmo. A série acabou depois de três temporadas e, infelizmente, deixou muita coisa no ar. Anos mais tarde, o criador - Rob Thomas - e a protagonista fizeram uma campanha online para arrecadar dinheiro dos fãs e financiar um filme que contaria o que teria acontecido aos personagens depois da série... E não é que conseguiram? Em tempo recorde, arrecadaram mais do que o necessário, fizeram o filme, agradeceram aos fãs e, como recompensa extra, o Rob Thomas decidiu lançar uma série de livros que contam novas aventuras de Veronica, seguindo os acontecimentos do filme... E, posso dizer? Perfeição é pouco. Dizer que eu escutava as vozes dos personagens e via seus trejeitos é quase desnecessário... Certeza de que quem foi fã da série vai amar cada página, cada resposta da Veronica, cada descrição do Wallace ou cada reação do Keith... E, como sempre foi em todos os episódios da série, o caso é incrivelmente complexo e cheio de reviravoltas que fazem com que a gente não queira largar o livro por nada nesse mundo...

Recomendo: para quem é fã da série ou conhece a história e os personagens. Não que quem não conheça não possa gostar, mas não acho que vá aproveitar tanto...

Título em Português: esse livro não existe na nossa língua... E, levando em consideração que nem a série chegou pra essas bandas, acho difícil que chegue, infelizmente. Mas o livro está bem fácil de achar, mesmo em inglês, é só procurar nas grandes lojas... ;)

Livro 61 - Cartas de Amor aos Mortos (Ava Dellaira)


Sinopse: Começar o Ensino Médio nunca é fácil e, para Laurel, as coisas são ainda mais complicadas. Depois de perder a irmã mais velha no ano anterior, ela decide estudar em uma escola diferente, onde ninguém teria conhecido May e, consequentemente, onde ela poderia passar despercebida e lidar com os sentimentos da melhor maneira que pudesse. Viver sem a irmã é muito mais difícil do que ela pode imaginar e isso fica claro quando a professora de Inglês passa o primeiro trabalho do ano: escrever uma carta para alguém que já morreu. De repente, Laurel está escrevendo para Kurt Cobain, Judy Garland, James Morrisson e tantos outros ídolos dela e de sua irmã e, pouco a pouco, vai entendendo o que aconteceu com cada um deles, o que aconteceu com May e o que está acontecendo com ela...

O que eu achei: comprei esse livro por aqueles motivos de sempre, afinal, não tinha como não ter curiosidade depois dessa capa e desse enredo. A história é inteira contada por meio das cartas que a protagonista escreve para diferentes pessoas, então é uma narrativa em primeira pessoa, mas construída de uma forma absurdamente diferente e absurdamente criativa. A gente vai conhecendo as personagens ao mesmo tempo em que a Laurel vai conhecendo as personagens e vamos entendendo a história dela e da irmã dela ao mesmo tempo em que ela entende, exatamente, o que aconteceu. Acho que a melhor descrição para esse livro é uma que eu dei para uma amiga ontem a noite, assim que eu terminei: é tipo um soco no estômago, sabe? Faz você pensar sobre várias coisas, faz você querer abraçar alguns personagens e socar outros, faz você agradecer por algumas coisas... É simplesmente fantástico, triste e engraçado, sério e leve, tudo ao mesmo tempo...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! Para todo mundo, é um livro de uma leitura bem gostosa, mas que faz refletir - e vale a pena por isso...

Livro 60 - The Cuckoo's Calling (Robert Galbraith / J.K. Rowling)


Sinopse: Lula Landry, aparentemente, tinha de tudo: linda, era uma modelo das mais disputadas, vivia em um apartamento elegantíssimo e passava suas noites cercada de gente famosa, a quem chamava de amigos. Até que uma noite, inesperadamente, ela cai da varanda do apartamento onde vive. A polícia logo determina que Lula cometeu suicídio mas seu irmão, John Bristow, não acha que isso seja possível. Por esse motivo, contrata o detetive Cormoran Strike e pede que ele descubra o que realmente aconteceu naquela noite. Strike, que vive um momento extremamente complicado em sua vida, se vê, de repente, envolvido em um mundo de glamour, dinheiro e a ilusão que esses dois trazem para a vida de qualquer pessoa...

O que eu achei: esse livro foi lançado no ano passado e, logo de início, foi um sucesso de crítica. O autor era estreante no mundo literário e aparentemente averso a publicidade, mas isso não impediu que o livro fosse um grande sucesso na época do seu lançamento. Um pouco tempo depois, porém, foi revelado que Robert Galbraith era, na verdade, um pseudônimo escolhido por J.K. Rowling, para que ela pudesse escrever livremente, sem cobranças e comparações com sua obra prima anterior. Ela não ficou lá muito feliz com a revelação, mas eu agradeço, porque não sei se teria comprado o livro se não soubesse que era ela a verdadeira autora. E teria perdido muito nesse processo. O livro é, na minha opinião, simplesmente fantástico. A narrativa da J.K Rowling continua impecável e sua construção de personagens complexos - daqueles que você não sabe se ama ou odeia, se admira ou sente pena, se são bons ou ruins - continua sendo seu ponto forte. O próprio protagonista, o detetive Strike, encaixa-se nessa categoria de personagens que a gente não sabe, exatamente, como lidar... Além disso, a trama foi muito bem escrita e prende a atenção daquela maneira que a gente espera que as histórias de detetive façam, sabe? Eu cresci lendo Agatha Christie e aprendi a amar histórias que são cheias de reviravoltas e detetives egocêntricos e investigações complexas, então foi uma delícia acompanhar a investigação da morte de Lula Landry... Com o passar da história, vamos criando um perfil da modelo e das pessoas ao redor dela e, quando me dei conta, já não conseguia mais largar o livro... Quem me acompanha pelo Facebook deve ter visto minha postagem, no meio da madrugada, sobre como entrei na leitura madrugada a dentro, mesmo sabendo que segunda feira começaria cedo e seria agitada... Mas eu simplesmente cheguei em um ponto da leitura de onde não havia mais como escapar... Eu precisava acompanhar o final da história, precisava saber o que havia acontecido, exatamente... E, garanto, não me arrependi, porque valeu muito a pena!

Recomendo: sem dúvida nenhuma! Fãs de história de mistério e de detetives, por favor, coloquem esse livro - e os próximos que virão - na lista. É imperdível!

Título em Português: O Chamado do Cuco

Livro 59 - A Falsa Princesa (Eilis O'Neal)


Sinopse: Naila é a princesa e única herdeira do trono de Thorvaldor e cresceu estudando tudo o que uma futura Rainha precisa saber. Aos 16 anos, porém, seu mundo vira de cabeça para baixo. Ela descobre que, na verdade, é uma falsa princesa, alguém que foi criada como tal, enquanto a verdadeira herdeira do trono era criada longe dali, para ser protegida de uma profecia que anunciava sua morte antes dos 16 anos. Expulsa do palácio, Sinda - como é chamada, realmente - precisa ir morar em uma pequena cidade e aprender trabalhos manuais, que nunca foi forçada a fazer. Enquanto tenta se acostumar com a ideia de que sua vida nunca foi realmente sua, ela descobre que tem, dentro de si, uma magia acumulada de anos sem uso ao mesmo tempo em que faz descobertas que podem mudar a história de seu país...

O que eu achei: comprei esse livro por aqueles motivos que vocês já conhecem... Achei o título ousado e estava com vontade de ler uma história de fantasia... Felizmente, não me arrependi. O livro, apesar de longo e cheio de reviravoltas, não é nem um pouco cansativo. A narrativa flui super rápido e é bem fácil se apegar à protagonista, coitada, que narra a história em uma mistura de conformismo, amargura e tristeza que dá vontade de pegar no colo... Encontrei algumas falhas na história, porém, que não sei se foram erros de tradução ou de edição, mas nada que tenha comprometido a história pra mim. No fim das contas, o livro me surpreendeu porque é mais uma aventura do que qualquer outra coisa... E o fator fantasia, que eu tanto amo, está bem presente no texto, mas sem ser protagonista... Apesar da magia, a Sinda é humana e tem as mesmas dores que a gente... Imagina como seria descobrir, depois de 16 anos, que sua vida não é - e nunca foi - sua? Affe!

Recomendo: sim, sim. É uma delícia de livro e ainda carrega um mistério que, depois de um determinado ponto da leitura, faz com que a gente não queira mais largar...

Livro 58 - Simplesmente Ana (Marina Carvalho)


Sinopse: A vida inteira, Ana viveu apenas com a mãe e nunca achou que faltava alguma coisa. A curiosidade pelo pai existia, mas ao ouvir da mãe que ele não quisera assumir a filha, Ana decidiu, ainda criança, que a mãe era o suficiente. Até que um dia, quando ela já tem 20 anos, seu pai surge na sua vida. Surpreendentemente, ele nunca soube que ela existia, ao contrário do que a mãe sempre afirmara. Além disso, ele não é uma pessoa normal: é o rei de uma pequena nação européia e Ana é sua única herdeira, ou seja, uma verdadeira princesa. Ao decidir passar algum tempo com seu pai, para conhecer o país, ela espera descobrir exatamente quem é e o que espera dessa grande mudança na sua vida...

O que eu achei: comprei esse livro por indicação de uma amiga do trabalho e, confesso, não tinha a menor ideia do que se tratava antes dele chegar às minhas mãos. E ele é bem isso que a sinopse diz, um "Diário da Princesa" brasileiro, mesmo, com a diferença de que quem encontra a princesa é o pai e não a avó da menina. A história é toda narrada em primeira pessoa, então temos apenas a visão da Ana para tudo que está acontecendo, o que é interessante, porém não perfeito. Na minha opinião, o que faz um livro narrado em primeira pessoa perfeito é ter um protagonista perfeito - se a pessoa que está narrando a história é a mais interessante do livro, então não há problemas. Infelizmente, acho que não foi esse o caso com esse livro. Não que eu não tenha gostado da Ana, ela tem muito das minhas personagens mais queridas e, apesar dos defeitos, aprendi a admirá-la com o decorrer da história, mas não acho que ela seja a personagem mais interessante do livro... Tanto o pai dela quanto Alex, o misterioso enteado do rei, são personagens que me pareceram extremamente complexos, mas que acabaram não tendo um espaço muito grande, exatamente pelo livro ser narrado em primeira pessoa... A verdade é que eu gostei, sim, do livro, ele me prendeu a atenção, me fez rir e até mesmo me fez chorar... Mas fiquei com a sensação de que amaria mais a narrativa - e toda a história - se a autora tivesse dado mais espaço para os outros personagens. E a única maneira dela fazer isso seria, sem dúvida, com uma narrativa em terceira pessoa...

Recomendo: sim, sim, sem dúvida! O livro é fofo, a leitura é rápida e, ao que parece, terá até uma continuação a ser lançada ainda esse ano...

Livro 57 - Maybe One Day (Melissa Kantor)


Sinopse: Zoe e Olivia são melhores amigas desde que se dão por gente e sempre fizeram todos os planos do mundo juntas. Bailarinas, sonham com o dia em que morariam em Nova York e viveriam uma vida cheia de luxo e magia. Quando elas são cortadas da Companhia de Ballet por onde dançaram a maior parte de suas vidas, acreditam estar vivendo o pior momento de suas vidas... Porém, quando Olívia fica doente, elas se dão conta de que há muito da vida que não se sabe. E essa doença vai colocar a prova o amor que sentem uma pela outra, assim como a visão que as duas têm da vida...

O que eu achei: Quem acompanha a fanpage do blog no Face, acompanhou, ontem, uma parte dos meus sentimentos com esse livro. Fui encontrar com as amigas e aproveitei, como sempre, a ida no metrô para ler e acabei chorando horrores no meio do caminho. Daqueles momentos que só quem vive entende, né? Ou seja, me envolvi 100% com a leitura e, claro, quando a coisa começou a ficar triste, não pude segurar as lágrimas... A história é toda narrada pelo ponto de vista da Zoe, que é uma protagonista incrível. Ela e a Olívia são amigas desde criancinhas e, curiosamente, são absurdamente diferentes. Mas se completam, claro. E enfrentam a doença de maneira diferente e ambas amadurecem muito a partir do diagnóstico. É uma história relativamente simples, sem grandes acontecimentos, mas que é tão real, que dói. Fala de amor, fala de crescimento e fala de amizade. É um livro que tem uma narrativa gostosa, que parte o coração e que faz sorrir, tudo ao mesmo tempo. Foi uma surpresa para mim - que compro sempre livros por impulso - e entrou na lista de livros recomendados para o mundo todo...

Recomendo: sim, para todo mundo. Porque todo mundo por aí - independente da idade - tem ou gostaria de ter uma amizade assim...

Título em Português: infelizmente, não acho que esse livro tenha sido lançado por aqui ainda... Mas vale a pena ficar de olho, a espera...

Livro 56 - Reconstruindo Amelia (Kimberly McCreight)


Sinopse: Kate Baron é mãe solteira, mas sempre deu tudo de si para a filha, Amelia. Apesar das normais crises entre elas, Kate tem certeza de que ela e a filha tem a melhor relação do mundo. Até que um dia ela recebe um telefonema da renomada escola em que a filha estuda, avisando que a menina foi suspensa e precisa sair da escola com um responsável. Preocupada e sem entender o que houve, Kate parte para a escola da filha mas, ao chegar lá, é tarde demais: sua filha caiu do telhado da escola, e está morta. A polícia determina que a menina cometeu suicídio, mas Kate não consegue acreditar. Especialmente depois de receber uma mensagem anônima, afirmando que a menina não pulou. Decidida, Kate começa a investigar a vida de sua filha e, por meio de mensagens no celular e no Facebook, vai descobrir que, talvez, não conhecesse tanto a filha quanto acreditava...

O que eu achei: confesso que não esperava gostar tanto desse livro quanto gostei. Comprei num impulso, como sempre, mas logo me vi totalmente presa à narrativa. A princípio, é tudo um pouco confuso, porque o livro alterna o ponto de vista da Kate, da Amelia e as postagens da menina na internet, mas não de forma linear. Os capítulos sob o ponto de vista da mãe se passam depois da morte da menina; já os capítulos de Amélia, claro, se passam meses antes. Depois de alguns capítulos, porém, fica fácil pegar o ritmo e, a partir da metade da história, quando as descobertas da mãe começam e o que sabemos da filha começam a se complicar, fica complicado largar o livro. Apesar de não ter sido um livro que fez com que eu me apegasse loucamente a personagens - e nem deixou um vazio pós-leitura - foi uma ótima leitura, que me surpreendeu bastante...

Recomendo: sim, sim, com certeza! Vale a pena, porque é interessante e prende a atenção...

Livro 55 - Limiar (Jessica Warman)


Sinopse: Elizabeth Valchar, aparentemente, sempre teve tudo do bom e do melhor. Dinheiro, beleza, popularidade e um namorado muito especial. Sua vida parece tão perfeita, que ela ganha o direito de comemorar seu aniversário de 18 anos no barco da família, com apenas seus amigos, sem nenhum adulto presente. Porém, ao acordar no meio da madrugada, Liz percebe alguma coisa errada: ao lado do barco, boiando na água, há o corpo de uma adolescente. Ao se aproximar, o susto: é o seu corpo. Liz Valchar está morta, aos 18 anos, mas não está descansando. Na companhia de Alex, um menino de sua escola que morreu um ano antes, ela está presa entre a vida e a morte, tentando descobrir, exatamente, o que aconteceu nos últimos dias da sua vida...

O que eu achei: sempre que termino um livro que amei demais, o livro seguinte é lido com um certo de receio, porque é complicado superar. E foi o que aconteceu com esse. A premissa da história é super interessante e a narrativa prende a atenção, sim, mas, ao mesmo tempo, ela se apresenta previsível e os personagens principais não são os mais atraentes possíveis. A leitura foi meio arrastada até a metade quando, por algum motivo, acabei engatando um interesse maior e, apesar de ter adivinhado o final do livro, fiquei interessada em saber as consequências para os personagens... A verdade é que tem muito mais coisas positivas do que negativas no livro, essa é a verdade. Mas eu acredito que a história tinha potencial pra ser muito mais do que é...

Recomendo: talvez. Se alguém se interessou, leia e depois me diga o que achou. Mas acredito que tenha coisas mais interessantes por aqui...

Livro 54 - Julieta (Anne Fortier)


Sinopse: Julie Jacobs e sua irmã gêmea, Janice, nasceram na Itália, mas foram criadas por uma tia avó, Rose, nos Estados Unidos, depois da morte de seus pais. Apesar de gêmeas, as duas não podiam ser mais diferentes e não são nem um pouco próximas. Nem mesmo a morte de Rose as aproxima, ainda mais depois da leitura do testamento: para Janice, a tia deixou a casa; para Julie, apenas uma carta e uma revelação. Seu nome é, na verdade, Giulietta Tolomei e a carta pede que ela vá a Siena, onde nasceu, para tentar desvendar um mistério familiar, descoberto por sua mãe, anos antes. De repente, Julie - ou Giuletta - se vê envolvida em uma trama histórica de disputas, mortes e até mesmo uma maldição. Ao que parece, ela é descendente direta da Julieta que teria originado a famosa história de Shakespeare! Ao mesmo tempo em que descobre a história de sua família, precisa descobrir, exatamente, quem é...

O que eu achei: quem frequenta minha vida de leitora sabe que a maior parte das minhas compras de livro acontece por impulso. É uma capa que chama atenção, um enredo que parece legal e um bom preço e eu já me vejo convencida a comprar - e ler - um livro novo. De vez em quando eu acerto, de vez em quando eu erro, mas não me vejo mudando tão cedo. Com Julieta foi bem esse o caso e, preciso dizer, eu mais do que acertei. Sério mesmo. Tanto que comecei a ler o livro no metrô, indo para a Paulista, e consegui a façanha de perder a estação em que tinha que descer, de tão engajada que eu estava na minha leitura. A narrativa é impressionante desde o começo e eu mal consegui largar o livro desde que comecei a ler - tanto que fiquei até quase 4h da manhã lendo, porque precisava chegar ao final. O que chamou minha atenção, desde o início, foi a proposta da autora de recontar a história de Romeu e Julieta, a partir de uma suposta descendente da heroína original e o que me prendeu, além da narrativa, foi uma protagonista forte e firme em suas convicções, apesar de cheia de altos e baixos na personalidade. Uma das críticas que aparece na contra-capa do livro o compara com O Código da Vinci e eu acho que é bem isso: é uma visão totalmente diferente de uma história que, teoricamente, a gente já conhece de cor. E essa nova visão é envolta em mistérios daqueles que fazem com que nós, leitores, não confiemos em ninguém, em momento algum, sabe? Fiquei absurdamente impressionada com a parte histórica do livro - ao mesmo tempo em que acompanhamos a história de Julie, conhecemos a história da Giulietta "original" e seu Romeo - e depois descobri que a autora fez extensas pesquisas sobre cada aspecto que tratou no livro, ou seja, foi um trabalho cuidadoso e carinhoso e, com certeza, foi por isso que o livro prendeu tanto da minha atenção. É mais um livro que entra, sem hesitar, entre os meus preferidos e é um dos melhores do ano, sem dúvida nenhuma...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! Para quem gosta de romance, mistério e admira a época medieval e as histórias que essa época trouxe, será um prato cheio e, com certeza, será tão apaixonante quanto foi pra mim...

Livro 53 - Temporada de Segredos (Sally Nicholls)


Sinopse: Depois da morte inesperada da mãe, Hannah e Molly são levadas pelo pai para a casa dos avós, onde deverão morar. Hannah, uma pré-adolescente, escolhe se revoltar contra tudo e todos enquanto Molly, ainda uma criança, se vê envolvida em uma série de fantasias. Um pequeno homem, que tem o poder de controlar a natureza. Uma caçada misteriosa, que o persegue e o pretende matar. Seria realmente um evento que ela testemunhou ou seriam sonhos de uma criança de imaginação fértil?

O que eu achei: esse livro me lembrou muito qualquer coisa escrita pelo Tim Burton, mas um pouco mais leve, por ser inteiro contado pelo ponto de vista de uma criança. Ele é absurdamente leve - tanto que eu li rapidamente - e, apesar da fantasia ser o centro de toda a história, a realidade pesa o tempo todo. A sensação de perda que a Molly carrega com ela, depois da morte da mãe, nos acompanha por todo o livro e é impressionante a forma como ela escolhe lidar com isso. Não digo que esse se tornou um dos meus livros preferidos - ele nem ficou comigo depois que eu terminei, o que é não necessariamente é um bom sinal - mas é um livro que faz bem...

Recomendo: sim, sim. Para quem gosta de fantasia e mistério, é com certeza algo agradável...

Livro 52 - Wither (Lauren Destefano)


Sinopse: Em um futuro distópico, a constante manipulação genética, em busca de seres humanos perfeitos, trouxe para uma humanidade um problema maior do que todos os outros: uma data de validade. Por causa de um estranho vírus, todas a mulheres morrem aos vinte anos, e os homens aos vinte e cinco. Sem exceção. Geneticistas estudam, incansavelmente, buscando um antídoto e, enquanto não conseguem, jovens são vendidas e leiloadas, tornando-se esposas em casamentos polígamos que têm como objetivo a reprodução, antes que seja tarde. Rhine é uma dessas, raptada e vendida contra sua vontade, ela encontra em Linden, seu marido, tudo que ela nunca teve em casa. De uma coisa, porém, ela não abre mão: precisa encontrar uma maneira de fugir dele e da vida que ele a obriga a levar. Custe o que custar...

O que eu achei: como tem sido nos últimos tempos, comprei esse livro por ter gostado muito da capa e do enredo. Não é novidade pra ninguém que me visita aqui o quanto eu adoro trilogias distópicas, então nem hesitei em tentar mais essa, apesar dela ser totalmente desconhecida por aqui. Felizmente, esse livro entra para a lista dos não arrependimentos: é incrível! A ideia de saber até quando você vai viver é absurdamente assustadora e ver uma sociedade inteira construída em cima dessa ideia é ainda mais aterrorizante. A protagonista, Rhine, tem 16 anos durante a história e tudo o que lemos é pelo ponto de vista dela. Conhecemos os medos dela com relação à morte, com relação à vida que leva e com relação aos planos que ela não consegue deixar de fazer... É uma história que, como as boas trilogias distópicas, faz com que a gente pense em situações e possibilidades que, apesar de não serem reais, são possíveis, sabe? Além disso, as personagens centrais são perfeitas, principalmente a protagonista. A Rhine, apesar de jovem para os nossos padrões, é uma mulher formada para a sociedade em que vive e precisa lidar com sentimentos e escolhas de uma adulta com apenas mais 4 anos de vida... Imagina a situação? Eu a amei e odiei na mesma intensidade e isso, para mim, é o melhor dos sinais... O livro é o primeiro de uma trilogia - e os outros dois já foram lançados, só não existem por aqui. Mas já encomendei na Cultura e estou aguardando, ansiosamente, para terminar essa história...

Recomendo: sem dúvida! Fãs de distopias vão amar, com certeza!

Título em Português: infelizmente, esse livro não foi lançado por aqui... =-(