Guest Posts - As recomendações dos meus amigos

Lá em 2013, eu convidei algumas pessoas para escreverem algumas recomendações para que eu colocasse aqui no blog. Achei interessante porque são pontos de vista diferentes, são livros que nem sempre eu conheço, são vivências diversas...

Depois disso, eu tentei fazer isso de novo, mas não consegui. Nunca dava tempo - nem pra mim e nem pros convidados - e acabou ficando pra trás. Esse ano, como eu quero trazer o blog de volta, decidi tentar de novo, e convidei uma série de pessoas para escrever pra mim...

São amigos queridos e especiais, ex-alunos, gente que cruzou minha vida - ou que faz parte dela - e que compartilha do meu amor pelos livros e pela leitura...

Não vou prometer uma data fixa para cada postagem, porque depende de mim e dos meus convidados, mas já aviso: a primeira postagem, de uma ex-aluna querida, estará por aqui na 2ª feira!

Espero que vocês gostem e que seja uma boa experiência pra vocês como será pra mim...

Livro 22 - The Catastrophic History of You and Me (Jess Rothenberg)


Sinopse: Brie é daquelas românticas incorrigíveis, que sonha com um grande amor e com um final feliz. Por isso quando Jacob, seu namorado de quase um ano, diz que não a ama mais, essa conversa parte seu coração - literalmente. Agora que ela está morta, Brie visita o mundo dos vivos apenas para descobrir que sua família está destruída e que há mais na vida de Jacob do que ela imaginava. E, enquanto ela precisa passar pelos cinco estágios do luto, ela é ajudada por Patrick, uma espécie de guia espiritual que ela encontra no pós-vida. O problema, na verdade, é libertar-se do passado, quando o coração, apesar de ter parado de bater, continua partido...

O que eu achei: fiz um passeio inesperado pela Saraiva e me apaixonei pela capa desse livro... Achei a sinopse levemente bizarra mas, né, adoro um livro bizarro, então acabei comprando mesmo assim. Em gente, que leitura deliciosa! O livro é todo narrado pela Brie, o que valeu porque ela é uma personagem bastante complexa. A princípio toda fofinha, com o passar do tempo - e com as descobertas que ela vai fazendo - ela vai se transformando e, por incrível que pareça, evoluindo. Isso foi uma das coisas que mais chamou minha atenção, sabe, é interessante você ver uma pessoa que evolui depois de morta... Acabei me apaixonando - de leve - pelo Patrick também, preciso confessar. Adoro um cara com pinta de bad boy, sabe, não dá pra negar... ;-) Outro ponto que me conquistou, foi a forma como a autora dividiu o livro: nos cinco estágios do luto (negação, raiva, tristeza, barganha e aceitação). Isso fez com que a cada parte, a gente sinta o que ela tá sentindo, sabe? Eu juro, não esperava curtir tanto esse livro quanto curti... Acabei ficando acordada até tarde na 2ª feira, só pra poder terminar, tamanho foi meu envolvimento com a história...

Recomendo: mas é claro! É livro de menininha, é bem young adult, então é pro público que curte esse tipo de leitura. E vale a pena, de verdade.

Título em Português: A Catastrófica História de Nós Dois

Livro 21 - Paris para um e outros contos (Jojo Moyes)


Sinopse: Histórias curtas, de personagens femininas fortes, encontrando seu lugar no mundo. É basicamente assim que se resume esse livro. No conto que dá o título a ele, conhecemos Nell, uma garota dependente e de vida simples, que decide ir viajar para Paris com o namorado - apenas pra acabar sozinha na Cidade Luz, uma vez que o namorado não se dá ao trabalho de aparecer. São dez pequenos contos, simples, porém cheios de diversão e autenticidade...

O que eu achei: eu encontrei esse livro sem querer, no caminho do caixa da Livraria Cultura um dia desses... Ele é fininho - até porque é um livro de contos curtos - mas é Jojo, então eu não tinha como resistir, né? E, felizmente, não me arrependi... Foi uma leitura super rápida, mas deliciosa! Meus dois contos preferidos foram o primeiro e o último... O último, em especial, porque traz personagens de um outro livro da Jojo, e um livro muito especial... Como sempre é, são histórias de mulheres fortes, que buscam respostas e lutam por suas vontades e suas verdades... Dessa vez, pelo menos, o livro não me fez chorar, mas acho que é porque são histórias curtas, mesmo. Mas, né, diferente ler Jojo sem chorar... hahaha

Recomendo: siiim! Livro de menininha, obrigatório pra quem curte esse tipo de leitura e, especialmente, obrigatório pra quem já é fã da autora...

Livro 20 - The Circle (Dave Eggers)


Sinopse: Conseguir um emprego no Círculo é, sem dúvida nenhuma, a maior oportunidade da vida de Mae Holland. Recém saída da faculdade, ela estava em um emprego medíocre na sua cidade natal quando surgiu a oportunidade de trabalhar na maior empresa de tecnologia do mundo. Sediada em um campus basicamente perfeito em algum lugar da Califórnia, o Círculo cresceu com um ideal simples: unir em uma só página todas as coisas que se faz na internet. Dessa forma, além de facilitar a vida das pessoas, eliminou também os trolls. Mas a modernidade do Círculo não para na internet. A vida social no campus, as câmeras, as novas invenções, tudo encanta e faz com que Mae fique cada vez mais envolvida nesse novo universo que se abre para ela... A vida antes desse emprego vai ficando esquecida e quando seu papel no Círculo fica maior do que ela esperava, Mae se verá diante de escolhas que moldarão sua vida - e a de outras ao seu redor...

O que eu achei: dia desses eu estava fazendo nada no YouTube quando vi um trailer de um filme que estrelava Emma Watson e Tom Hanks. Fiquei empolgada, gravei o nome e fiquei na expectativa do lançamento. No final do mês passado, em uma das minhas jornadas às livrarias com meus vale-presentes de aniversário, me deparei com esse livro e fiquei altamente empolgada por relacionar o livro ao filme, afinal, história da minha vida: ler o livro primeiro e depois ver o filme. E foi o que fiz, peguei o livro para ler no final de semana, ciente de que o filme estrearia essa semana e era minha intenção terminar a leitura e ver o filme. E, gente, que experiência FANTÁSTICA! Confesso, não esperava gostar tanto do livro quanto acabei gostando... É uma leitura bastante densa e complexa e eu demorei um pouco pra pegar o ritmo e pra entender exatamente quem era quem no Círculo, mas assim que entrei na história não conseguia mais sair! O livro é narrado em 3ª pessoa, mas é 100% o ponto de vista da protagonista, a Mae, e isso é um recurso muito interessante do autor, porque a gente vai conhecendo o Círculo ao mesmo tempo que ela, sabe? Então vamos entendendo como funciona ao mesmo tempo em que ela vai entendendo e entre os certos e os errados, vamos conhecendo personagens e histórias... Eu vi algumas pessoas chamarem esse livro de distopia, mas eu discordo: é um livro muito próximo da nossa realidade, sem dúvida nenhuma. A relação do ser humano com a tecnologia é um tema que a gente já viu trabalhado em muitas mídias diferentes, e de maneiras variadas, mas esse livro está pra sempre no topo dos meus favoritos: porque me encantou e me assustou, tudo ao mesmo tempo. Eu gostei muito do fato do autor não romantizar nada, sabe? Ele é bem duro no mundo que ele construiu e nas consequências desse mundo pra todos os personagens... E, ó, o final me surpreendeu. Pra caramba. Foi uma leitura incrível!

Recomendo: SIIIIIM! Esse dá pra recomendar pra vários públicos diferentes, porque ele é bem diferente do que eu leio normalmente... É uma leitura densa, yes, mas vale MUITO a pena. Sério!

Título em Português: O Círculo

Sobre o filme: terminei o livro na 5ª feira (madrugada - porque sou dessas) e fui ao cinema na 6ª mesmo. E, digo, o filme também vale muito a pena! Claro, é uma mídia diferente, então tem muita coisa adaptada... A primeira, mais básica, é que acontecem menos coisas no filme do que no livro, mas isso é normal. Outra coisa que mudou foi a questão que falei lá em cima da romantização... O filme é mais romantizado e mesmo eles mantendo a ideia do final, achei que o do livro foi bem mais extremo e impactante... Mas vale pelas atuações incríveis e pelo fato de ver a tecnologia descrita acontecendo, sabe? Adorei e já queria ver de novo...

Livro 19 - Because of the Sun (Jenny Torres Sanchez)


Sinopse: Dani aprendeu com a vida a simplesmente tolerar sua existência. Vivendo na Florida com a mãe, ela se sente como um fardo para a mulher que lhe deu a vida e não tem o melhor dos relacionamentos com ela, que bebe e a agride verbalmente. Até que um dia, sua mãe é morta de maneira brutal, por um urso que a ataca enquanto ela toma sol no quintal. Agora Dani vai parar no Novo México, na casa de uma tia que ela nem sabia que existia. E no processo para entender o que ela realmente sente com a morte da mãe - e para conhecer a tia e o passado da família - Dani aprenderá muito sobre si mesma...

O que eu achei: Esse livro é... estranho. Não sei se é porque ele foi o livro que seguiu um livro que eu amei muito, mas eu não consegui realmente me conectar com a história, sabe? Achei a narrativa da autora muito interessante, porque ela é bem psicológica... Há um número reduzido de diálogos e a maior parte da história é contada pelas sensações e pensamentos da Dani, que é a narradora-protagonista. Esse é um recurso muito legal e costuma fazer com que eu me apegue à personagem, mas isso não aconteceu dessa vez. A Dani é uma personagem bem complexa e a falta de sentimentos dela depois da morte brutal da mãe é super interessante, porque mostra a real dos relacionamentos humanos, sabe? Porém, apesar de tudo isso, eu me senti afastada da história e dos personagens o tempo todo... Não que o livro seja ruim, longe disso, ele só não é bom, sabe? Não tem aquele apelo emocional, não me fez chorar, não me envolveu, não me deixou com um vazio depois do final... Mas é uma história de personagens interessantes e de uma complexidade emocional bem intensa... Porém alguma coisa não ligou, não fez sentido... Pelo menos não pra mim...

Recomendo: não tenho certeza. Como disse, não é um livro que eu gostei, mas também não odiei... Então eu diria que, se você gostou do que eu escrevi ali em cima, leia! E me diga se sua opinião for diferente...

Título em Português: não foi traduzido pra nossa língua....

Livro 18 - Quando a Noite Cai (Carina Rissi)


Sinopse: Briana Pinheiro tem um problema sério de sorte: não consegue ficar mais do que cinco dias em um mesmo trabalho, pois onde ela está, sempre acontecem coisas bizarras, como aquela vez em que a lata de azeite foi parar no lustre do restaurante. Sim, foi isso mesmo. E essa situação é terrível, porque a pensão de sua família está muito mal e ela realmente precisa do dinheiro... Além disso, há cinco anos que ela tem estranhos sonhos que se repetem todas as noites, nos quais ela é transportada para a Irlanda medieval e vive aventuras que envolvem guerras, espadas e um guerreiro irlandês por quem ela, inevitavelmente, acaba por se apaixonar. Isso já é estranho o bastante, mas quando ela cruza com Gael O'Connor durante uma entrevista de emprego - e é contratada - tudo fica ainda pior: Gael é exatamente igual ao guerreiro dos seus sonhos! Como separar, então, realidade e fantasia?

O que eu achei: a grande questão desse livro começa na minha relação com a autora: desde 2013, quando o li o primeiro livro dela, que venho acompanhando a evolução dela e me encantando cada vez mais com os personagens que ela cria. Claro que, quando estava gastando meus presentes de aniversário e vi que havia um novo livro - ainda em pré-venda! - não hesitei em comprar. E, povo, não me arrependi! Em muitos casos, as histórias da Carina tem um quê diferente, às vezes sobrenatural/fantasia, que pode parecer estranho, mas que acaba fazendo sentido. Acho que isso se deve à maneira como ela constrói as narrativas e os personagens, sabe? Mais uma vez, a narrativa é feita em primeira pessoa e logo no primeiro capítulo já pude chamar a Briana de personagem preferida - ela é bem do estilo das personagens da Carina: atrapalhada, com um coração enorme, disposta a tudo e cheia de força. E, claro, apaixonar-se pelo Gael foi inevitável... Ouso dizer que quase o amo mais do que amo Ian Clarke (da série Perdida - da mesma autora), mas ainda não tenho certeza... Aos poucos, vamos conhecendo as verdades de Briana e acompanhando o desenvolvimento dos sentimentos dela e a confusão entre Lorcan - o guerreiro irlandês de seus sonhos - e Gael - o galante chefe que a encanta de maneiras indescritíveis. Foi minha leitura do feriado e eu agradeço por isso - porque eu simplesmente NÃO CONSEGUIA LARGAR O LIVRO! (em caps porque a loucura foi grande, sério mesmo) É exatamente o tipo de livro que me faz feliz, sabe? Porque é leve, tem uma temática despretensiosa, mas faz bem. E, confesso, fiquei dois dias sem conseguir começar um livro novo, porque não estava pronta para abandonar Briana e Gael... Ai, ai, queria mais...

Recomendo: SIM! É livro de menininha, yes, mas todas as menininhas aqui precisam ler! Ainda mais quem já se apaixonou pelas histórias da autora...

Livro 17 - Flawed (Cecelia Ahern)


Sinopse: Celestine North vive sua vida perfeita, em um futuro distópico. Em sua sociedade, as regras são claras: é preciso tomar as decisões certas pois qualquer ato que seja considerado errado pelo Tribunal, fará com que a pessoa seja marcada como Imperfeita e, automaticamente, excluída da sociedade, sem direitos, sem compaixão de ninguém. Celestine sabe disso, e não se importa. É a filha perfeita, a irmã perfeita e a namorada perfeita do filho do líder do Tribunal - e não pretende mudar. Até que um dia, impulsivamente, ela toma uma decisão que desencadeia uma série de acontecimentos que mudarão não apenas a sua vida e a vida de todos a sua volta, mas também a essência da sociedade em que vive...

O que eu achei: então, minha relação com esse livro é bem esquisita, eu diria. A autora é a mesma de vários livros que já passaram por aqui e eu já tinha desistido de  ler qualquer coisa dela. Explico: dos 5 livros dela que eu já li, gostei muito de dois e ODIEI os outros três. Por uma questão de lógica, eu desisti de tentar, já que constantemente ficava irritada com narrativas arrastadas e personagens extremamente irritantes. Então esse livro surgiu na minha vida, mil vezes. Era recomendado por todos os sites em que compro livros, aparecia em destaque nas livrarias que eu visitava... Sabe quando parece que o universo fica jogando um negócio na sua cara? Acabei pegando pra ler a sinopse e a primeira coisa que chamou minha atenção foi que ele é vendido como young adult, diferente dos outros livros dela. E a literatura YA é a minha preferida, então decidi continuar lendo a sinopse e fiquei intrigada porque, né, distopia. (eu me vendo muito fácil por distopias e a culpa é de Hunger Games, certeza) Então comprei e fiquei olhando pra ele no meio das compras todas pós-aniversário. Pegava na mão, largava, pegava na mão, largava... Sabe aquele medo de decepcionar? Então, ele existia. Até que cansei de enrolar, peguei o livro... CARAMBA! Que livro bom! Começa pela protagonista - e narradora - que é o tipo de heroína que eu curto... Ela até me irrita de vez em quando (beijo, Katniss e Tris), mas acaba tomando as decisões certas quase sempre e mesmo enrolada, ela vai crescendo, sabe? E a narrativa foi uma delícia! Flui facilmente (tanto que li super rápido, comecei na noite de domingo e terminei no metrô hoje.) e prende bastante a atenção. Ri, chorei e reagi durante a leitura, sem nem perceber... Me peguei enxugando lágrimas no metrô e ficando absurdamente interessada em saber como a história termina... Porque, sim, há uma sequência - uma só, não é uma trilogia - que eu já encomendei porque, né, necessidades. Anyway, acabei surpreendida pelo meu envolvimento com a história e com os personagens, que me conquistaram de todas as maneiras possíveis. Além disso, o livro traz uma mensagem bem legal, com relação a perfeição x imperfeição e aos julgamentos que fazemos uns dos outros por causa de erros cometidos. E tem também um bocado de background político que me conquistou também... Resumindo: adorei o livro, sério!

Recomendo: SIIIIIIM! Fãs de distopias que ainda não conhecem: POR FAVOR, PEGUEM PRA LER! Vale demais a pena e vocês vão curtir tanto quanto eu, certeza!

Título em Português: Imperfeitos

Livro 16 - Inesquecível (Jessica Brody)


Sinopse: Após um terrível acidente aéreo, uma jovem é encontrada no meio dos destroços no mar, totalmente ilesa, a não ser por um pequeno detalhe: ela não tem ideia de quem seja. Completamente sem memória, ela não está na lista de passageiros e suas impressões digitais e DNA não estão em nenhum banco de dados do mundo. Sem saber quem é ou o que aconteceu, ela tem apenas a presença de um misterioso rapaz, que diz que não apenas a conhece, mas que ambos têm um relacionamento amoroso intenso e verdadeiro. Dividida entre o medo de confiar e a vontade de saber mais, a jovem precisa fazer escolhas antes que seja tarde demais...

O que eu achei: comprei o livro despretensiosamente, porque me apaixonei perdidamente pela capa e porque a sinopse me pareceu super interessante. Durante a leitura, fui ficando cada vez mais interessada, achei a narrativa leve, mas bastante interessante. O mais legal é que, ao mesmo tempo em que a personagem vai descobrindo quem é, a gente vai descobrindo com ela, sabe? E, confesso, me surpreendi com muitas coisas do enredo. O livro é narrado em primeira pessoa - o que é um recurso provavelmente escolhido para que fiquemos tão perdidos quanto a protagonista... É um livro de sci fi, claramente, que realmente tem o poder de surpreender. O curioso é que eu simplesmente ODIEI o final e tinha ficado bastante decepcionada. Porém, quando fui pegar a capa do livro para fazer a resenha, descobri que ele é parte de uma trilogia! (ok, talvez eu devesse ter desconfiado... Mas o final, apesar de odioso, me pareceu um final, sabe? Por isso que eu não desconfiei) E o que muda, então? Muda que saber que tem mais história faz com que eu não odeie o final do livro e, pior ainda, fique esperando pelos próximos! (e sou dessas que já mandou e-mail pra editora, perguntando se tem previsão do lançamento por aqui...)

Recomendo: siiiim! Não é uma distopia como tantas que amo e recomendo, mas é uma história divertida, tensa, leve e cheia de altos e baixos. Achei uma leitura deliciosa!

Livro 15 - The Little Paris Bookshop (Nina George)


Sinopse: Jean Perdu é dono de uma livraria peculiar: ela é, na verdade, um barco, totalmente reformado, onde ele vende livros como se fossem remédios. Porque, sim, Perdu tem um talento bastante peculiar: ele sabe ler as pessoas que entram na sua livraria e sabe, exatamente, o que elas estão precisando ler. O que ele não sabe, mesmo, é lidar consigo mesmo. Solitário, vive há mais de 20 anos com o coração partido, depois que a mulher amava foi embora. A chegada de dois novos vizinhos no pequeno prédio onde mora, porém, vai mudar sua rotina e, mais do que isso, vai fazer com que Perdu enfrente a si mesmo e aos seus sentimentos, antes que seja tarde demais...

O que eu achei: ganhei esse livro de presente de aniversário, de pessoas que claramente me conhecem bem. É uma história madura, intensa e complexa, que gira em torno do amor pelos livros, ou seja, tem tudo a ver comigo. Perdu é um personagem bastante complexo e toda a história gira em torno dos sentimentos dele e da relação que ele tem com todos a sua volta. O que eu achei bem interessante foi acompanhar a evolução dele que aconteceu de maneira natural mas, ao mesmo tempo, surpreendente, por ter envolvido personagens inesperados com quem ele cruzou no seu caminho. O mais engraçado é que, durante a leitura, tem alguns acontecimentos que parecem bastante óbvios mas que, no fim das contas, acabam não sendo tão óbvios assim, sabe? A história dava um jeito de tornar o que parecia super certo, totalmente diferente do esperado... Além disso, o amor do Perdu pelos livros foi bem divertido de acompanhar, especialmente por ele tratar livros como remédios, sabe? Porque eu sei bem o que é isso, eu uso os livros como válvula de escape e tenho, sim, a sensação de que determinados momentos da vida pedem por determinados tipos de livro... Leitura sucesso, sem dúvida!

Recomendo: siiiim! É um livro mais adulto do que aqueles que eu normalmente leio, mas é uma leitura quase que obrigatória para qualquer pessoa apaixonada por livros...

Título em Português: A Livraria Mágica de Paris

Livro 14 - What Light (Jay Asher)


Sinopse: A família de Sierra é dona de uma fazenda de árvores de Natal, em Oregon, nos EUA. Isso significa que, além de crescer em meio a um cenário incrível, todos os anos ela e os pais juntam suas coisas no feriado de Ação de Graças e vão para a Califórnia, onde ficam até o Natal, vendendo suas árvores. Isso significa estar sempre dividida entre duas vidas: aquela que leva em Oregon e aquela que leva na California, no Natal. Até que em uma das estadias na Califórnia, Sierra conhece Caleb, e tudo muda. A princípio, ele não parece uma boa pessoa: cometeu um ato terrível no passado e paga por ele até hoje. Mas, pouco a pouco, Sierra começa a conhecê-lo melhor e, ao mesmo tempo, começa a se conhecer melhor e a entender, exatamente, qual parte de sua vida tem mais significado...

O que eu achei: esse livro foi aquele combo de sempre: a capa é linda e a história me pareceu bem atraente. Ai juntou o autor, que eu já conhecia e já amava, não tinha como não comprar, né? Felizmente, não decepcionou. A narrativa é leve, bem do estilo young adult que eu curto, mas tem umas nuances mais sérias, sabe? Claro, os problemas são bem teen - e eu adoro essa leveza na hora de ler, então não reclamo - mas tem uma seriedade por trás que me atraiu... Principalmente com relação ao passado do Caleb, que fica claro desde o início - não é uma coisa simples, mas aos poucos você vai entendendo e aceitando, ao mesmo tempo que a Sierra - que é uma protagonista narradora apaixonante... Fiquei extremamente envolvida pelo livro e acabei lendo mais rápido do que eu queria - e ai quando acabou, ficou aquela sensação de querer mais que eu tanto amo...

Recomendo: siiim! Já tá separado pra ser emprestado pra algumas pessoas que eu sei que vão amar, por curtir exatamente esse tipo de leitura...

Título em Português: ainda não foi lançado por aqui, mas o Jay Asher está em alta, então não duvido que logo ele apareça nas nossas terras...

Livro 13 - The Boy Most Likely To (Huntley Fitzpatrick)


Sinopse: Tim Mason tem problemas, isso é fato. Nem completou 18 anos e já é um alcoólatra em recuperação e foi expulso de casa pelo pai que diz não entender como um garoto com uma vida de privilégios pode não levar nada a sério. Alice Garrett tem problemas também, mas no caso dela são diferentes. Segunda de sete irmãos (com um oitavo a caminho!), ela se sente responsável pelos irmãos e pelo andamento da casa, que está passando por uma turbulência desde um acidente sofrido por seu pai. Tudo que Alice não precisa é do melhor amigo de um de seus irmãos - Tim - morando no apartamento em cima da garagem. Especialmente quando esse amigo, apesar de problemático, é extremamente atraente...

O que eu achei: já comentei aqui que, lá em 2015, fiquei absurdamente apaixonada por um livro dessa autora, que me conquistou apesar da sua simplicidade. Decidi, então, comprar outros livros dela, porque a minha vida de leitora alucinada é baseada nisso mesmo. A outra leitura acabou não me agradando, então peguei esse livro já um pouco desesperançosa, sabe? Mas me surpreendi - positivamente. A verdade é que esse livro é quase que uma sequência daquele primeiro, então ficou fácil me envolver na história, porque muitos personagens eu já conhecia. O casal protagonista daquele primeiro se torna coadjuvante aqui, mas é presente e os dois protagonistas desse livro acabaram me conquistando bem rapidamente... Novamente, é uma história que parece clichê, mas que acaba ganhando nuances diferentes com o passar do tempo. Tim é um cara que teve uma vida de privilégios, mas nunca soube aproveitar; já Alice é uma garota que está acostumada a dividir e, especialmente, que vive preocupada com a família. O que eu achei interessante na construção do enredo - que divide capítulos sob o ponto de vista dos dois - é que acompanhamos a jornada de Tim para se tornar mais maduro e responsável e a jornada de Alice para se tornar mais relaxada e menos preocupada. São jornadas opostas, sim, mas que se completam de alguma maneira. Agora, preciso dizer, perfeito o livro não é - alguns aspectos do enredo me incomodaram um pouco, mas nada que estragasse toda a experiência no fim das contas...

Recomendo: Sim, sim! É livro leve, de menininha mesmo, mas que vale a pena...

Título em Português: ele não foi lançado por aqui ainda, mas como os outros dois já estão na nossa terra, certeza que logo esse aparece por aqui...

Livro 12 - Love Me or Leave Me (Claudia Carroll)


Sinopse: Quando foi, literalmente, abandonada no altar, Chloe não achou que teria forças para reconstruir sua vida. Agora, três anos depois, ela conseguiu o emprego dos sonhos: é a Gerente Geral do novo hotel de uma famosa rede mundial de hotéis. E esse hotel não é qualquer um: é um hotel especial, onde casais se hospedam para se divorciar. O lugar oferece aconselhamento jurídico, financeiro e psicológico para que os casais terminem o processo do divórcio de maneira rápida e mais indolor possível. E ninguém melhor do que Chloe, que teve seu coração partido e sua vida destruída, para gerenciar esses momentos...

O que eu achei: comprei esse livro bem despretensiosamente. Ganhei uns vale-presentes e estava escolhendo livros para mim e ele apareceu mais de uma vez... Não conhecia a autora, mas a sinopse me pareceu interessante e ele não era caro, então pensei: por que não, não é? Felizmente, não me decepcionei! (finalmente!) A verdade é que me surpreendi... O livro conta a história de Chloe e de mais 3 mulheres - Lucy, Jo e Dawn. As três são hóspedes do hotel - com seus futuros ex-maridos - e suas histórias vão se intercalar com o trabalho de Chloe no hotel. Há, claro, as figuras masculinas, mas o livro acaba girando mais em torno das mulheres - e as quatro são mulheres complexas pra caramba, o que eu adoro. Nenhuma é santa e, muitas vezes, elas me irritaram horrores - principalmente a Jo - mas acho que isso faz com que elas sejam mais reais, sabe? As histórias delas também eram bem diferentes, cheias de altos e baixos, de sentimentos verdadeiros de amor, de tristeza, de traição e de amizade... Foi uma surpresa deliciosa e eu cheguei a um ponto, no final do livro, em que não conseguia largar, porque queria saber o que aconteceria com essas mulheres...

Recomendo: sim! É livro de menininha, no estilo da Marian Keyes, sabe? Mas para quem curte, certeza que vai gostar...

Título em Português: não foi lançado por aqui ainda, infelizmente...

Livro 11 - A Menina dos Olhos Molhados (Marina Carvalho)


Sinopse: Bernardo é um excelente jornalista investigativo, de um dos maiores jornais de Belo Horizonte. Seu único defeito é não ser uma pessoa sociável - e isso ele não faz a menor questão de esconder. Depois de ter vivido um péssimo relacionamento na época da faculdade, Bernardo decidiu que o melhor era se fechar para qualquer tipo de sentimento que pudesse estragar seus planos para o futuro. Até que um dia ele recebe como tarefa no trabalho uma jovem estagiária. Rafaela é jovem, bonita e ambiciosa, mas Bernardo não quer ser babá. Com o passar dos dias, porém, ele vai descobrir que divide com Rafaela muito mais do que a paixão pelo jornalismo...

O que eu achei: ah, gente, uma sequência de decepções aqui... Comprei esse livro porque reconheci a autora, de quem eu já tinha lido muita coisa e curtido. Desde o começo do livro, porém, me senti desconfortável. O livro é todo narrado em primeira pessoa, pelo ponto de vista do Bernardo. E, affe, que personagenzinho insuportável, socorro. O cara é grosso, machista e chato pra caramba! A história é mega previsível e, nesses casos, eu acredito que os livros só sobrevivem se têm personagens fortes - e não foi esse o caso. Até fiquei presa em alguns momentos da história, queria resposta para algumas perguntas, mas no geral não curti, mesmo - e coloco a culpa no narrador. Ao final do livro, lendo os agradecimentos da autora, descobri que esse livro é a recontagem de um outro livro dela, agora pelo ponto de vista masculino. Ai tem uma parte minha que até pensa em ler o primeiro, para ver se a história fica mais agradável pelos olhos da Rafaela, mas estou na dúvida se vale a pena...

Recomendo: no, no, no! Tem livros BEM melhores por ai - inclusive os outros da mesma autora que eu linkei ali em cima...

Livro 10 - Doce Perdão (Lori Nelson Spielman)


Sinopse: Hannah Farr tem uma ótima vida. Apresentadora de um programa matinal em Nova Orleans, ela tem uma base fiel de fãs e namora, há dois anos, o prefeito da cidade, Michael Payne. Sua vida é aparentemente perfeita, até que a chegada de duas pedras vão mudar seus rumos. As chamadas Pedras do Perdão viraram mania nacional: a ideia é que você mande duas pedras para alguma pessoa que ofendeu ou maltratou, juntamente com um pedido de desculpas. Se uma das pedras voltar para você, significa que seu pedido foi aceito e que o ciclo de perdão continuou. Para Hannah, porém, as pedras irão mexer com seu passado, com histórias que ela preferia que ficassem para trás. Uma vez que ela começa a remexer no passado, porém, ela vai perceber que certas coisas não podem - por mais que ela queira - ficar para trás...

O que eu achei: socorro, que livro chato. Eu já tinha lido um livro da autora lá em 2014 e tinha curtido a leitura. Então quando esse livro apareceu, acabei comprando achando que seria uma leitura leve e "bobinha" como tinha sido o primeiro. Estava enganada. Personagens rasos, dramas desnecessários, reviravoltas previsíveis e um enredo chato - é nisso que se resume o livro. Fiquei chateada, pois esperava mais, mas faz parte, né? Não se pode acertar sempre, infelizmente...

Recomendo: não, não. Tem coisa melhor por aqui, garanto.

Livro 09 - What I Thought Was True (Huntley Fizpatrick)


Sinopse: Dentre tantos erros que Gwen Castle cometeu, Cassidy Somers é o maior de todos. E agora ele decidiu que vai passar o verão todo trabalhando no seu bairro, portanto ele está em todo o lugar, mesmo que ela tente escapar. É o verão antes de seu último ano na escola, e tudo que ela quer é um pouco de paz para decidir, de uma vez por todas, o que vai ser de sua vida - uma vez que ela não quer seguir o mesmo destino de sua mãe, vivendo na humilde ilha em que nasceu a vida toda. A proximidade de Cassidy vai fazê-la refletir sobre quem é e sobre quem ela quer ser, ao mesmo tempo em que vários outros aspectos de sua vida começam a desmoronar e todas as verdades nas quais ela sempre acreditou parecem desaparecer como se nunca tivessem sido nada...

O que eu achei: comprei esse livro porque já tinha me apaixonado por uma história da mesma autora antes, então nem hesitei quando vi que ela tinha escrito novamente. Infelizmente, não senti a mesma paixão nesse livro que senti naquele primeiro... Explico: o primeiro livro tinha um enredo bem simples, mas personagens consistentes e completos, o que acabou fazendo um "combo" perfeito e um livro que virou um favorito rapidamente. Esse livro já tem uma história um pouco mais complexa - a Gwen tem dramas mais reais, que envolvem doenças, divórcios e problemas financeiros - mas os personagens não tem a profundidade necessária. E, para mim, a identificação com personagens é muito importante, sabe? Não vou dizer que não gostei do livro mas a verdade é que esperava mais. A Gwen, apesar dos dramas, me pareceu mimada demais e o Cassidy também mais me deu sono do que qualquer outra coisa... O que me prendeu mais a atenção foram os personagens secundários, principalmente o Nic, primo da Gwen - se ele fosse o protagonista, certeza que o livro teria sido melhor...

Recomendo: então, não sei. O livro não é ruim, sabe? Mas eu acho que esperava mais... 

Título em Português: Pensei que Fosse Verdade