Livro 25 - The One & Only (Emily Giffin)


Sinopse: Shea sempre viveu uma vida confortável em Walker, no Texas, uma pequena cidade do interior que vive em torno do time de futebol americano da faculdade, esporte pelo qual ela sempre foi completamente apaixonada. Criada junto com Lucy, sua melhor amiga e filha do técnico do time, Shea nunca pensou em uma vida que fosse além daquela que vive, seu pequeno apartamento e seu emprego no departamento esportivo da Universidade de Walker. Até que uma morte inesperada, de uma pessoa muito querida, faz com que Shea passe a repensar tudo que sempre pensou como certo. E, ao tentar mudar sua vida, ela não conseguirá evitar afetar a vida das pessoas ao seu redor...

O que eu achei: mais uma vez, comprei o livro por ter gostado de tudo que já li da autora - é o 5º livro dela e o 5º livro que me encanta. Diferente dos outros, esse me encantou desde o começo - talvez por eu já ter me acostumado com a construção de personagens "reais" dela, ou seja, personagens que são cheios de defeitos e cometem erros atrás de erro. O universo do livro é o universo do futebol americano o que fez com que eu passasse a maior parte do tempo imaginando Friday Night Lights e o Coach Eric (aquele amor, sempre), mas você não precisa entender do esporte para amar a história que ele conta. A Shea é uma personagem fenomenal - porque ela é meio "moleca", mas sensível ao mesmo tempo, o que a torna muito próxima da realidade, sabe? E os conflitos dela são muito interessantes de se acompanhar porque quem, em momento algum da vida, não teve um momento em que reavaliou tudo que sempre pareceu certo? Como sempre, a narrativa é indiscutivelmente agradável, faz rir e chorar na mesma intensidade - e às vezes na mesma página! - e a gente nem se dá conta do quanto está lendo, até chegar no final...

Recomendo: sim, sim. É livro de "menininha", sim, mas é delicioso de se ler...

Título em Português: dei uma pesquisada e, por incrível que pareça, não achei esse livro em português... 

Livro 24 - As Lembranças de Alice (Liane Moriarty)


Sinopse: Alice tem 29 anos, é completamente apaixonada por seu marido, Nick, e está esperando com ansiedade seu primeiro filho. Essas sãs as únicas certezas que ela tem quando acorda de um acidente bizarro em uma academia. Para sua surpresa, porém, essas são as certezas de 10 anos atrás: na verdade, Alice tem 39 anos, está se separando de Nick, com quem tem 3 filhos. A batida na cabeça apagou 10 anos de memória e agora Alice se vê em uma situação bastante complexa: como viver uma vida sem saber os motivos que a levaram ao momento em que está? 

O que eu achei: gente... comprei o livro despretensiosamente, só porque ele apareceu em uma das minhas comprar como "link relacionado". Só quando ele chegou que eu me dei conta de que eu já tinha lido - e gostado - de um outro livro da autora, ou seja, fiquei mais ansiosa ainda para ler! E, felizmente, a ansiedade valeu a pena: adorei o livro! O conceito foi absurdamente interessante: a ideia de perder 10 anos de sua vida é muito assustadora porque, sejamos sinceros, a pessoa que éramos há 10 anos não é quase nada da pessoa que somos hoje... A ideia de perder tantas lembranças e ter que viver a vida sem elas é bem assustadora, mas ai vem a questão: e se a perda da memória for a melhor maneira possível de se consertar os erros do passado? Acabei que me encantei pela Alice - apesar dela se mostrar uma pessoa completamente perdida. Os questionamentos, a confusão, a forma como ela assume a vida e decide mudar, tudo isso vai construindo uma personagem apaixonante, sabe? Vê-la aprendendo a ser mãe, sem ter lembrança nenhuma das crianças, por exemplo, foi de cortar o coração... Adorei, mesmo, foi um livro pra entrar na lista de preferidos...

Recomendo: sim, sim! Pra quem curte romance, por favor, é um prato cheio! É bem livro de menininha, mas é incrível!

Livro 23 - Sempre Foi Você (Carrie Elks)


Sinopse: Hanna e Richard não podiam ser mais diferentes, mas, quando se conhecem, são instantaneamente atraídos um pelo outro. Vivendo em continentes diferentes - ele nos EUA e ela em Londres - e com vidas opostas, qualquer relacionamento entre eles parece não apenas improvável, mas sim, impossível. Aos poucos, porém, a frágil amizade que eles conseguem construir, acaba evoluindo para algo mais... E esse relacionamento - qualquer que seja ele - vai durar o suficiente para mudar, definitivamente, a vida dois dois...

O que eu achei: não lembro, exatamente, porque comprei esse livro. Acho que ele apareceu nos relacionados de alguma compra minha e eu curti a capa - ando numa vibe londrina. Anyway, comprei meio sem pensar duas vezes e a leitura foi mais rápida do que eu imaginei... O livro é bom... Não é aquele tipo de livro que mudou minha vida ou que deixou algum tipo de vazio quando terminou, mas é uma boa história, uma história de amor consistente... Ele deu a impressão daquelas comédias românticas, sabe? Em que a gente acompanha a história dos personagens já meio que sabendo como termina? Mas foi uma leitura gostosa e eu fiquei bem satisfeita em acompanhar a história do casal. 

Recomendo: sim, sim. É uma história simples e relativamente previsível, mas bem deliciosa de se ler...

Livro 22 - A Lista Negra (Jennifer Brown)


Sinopse: Nick e Val se conheceram no começo do Ensino Médio e se identificaram na hora. Ambos tinham problemas familiares e ambos eram constantemente ofendidos pelos colegas de classe, que lhes davam apelidos e faziam piadinhas e brincadeiras idiotas. Para relaxar, eles decidiram criar um caderno, no qual colocavam os nomes de todas as pessoas que faziam de suas vidas um inferno. Para Val, isso era apenas uma maneira de se livrar de uma parte do peso que sentia nos dias na escola, mas, aparentemente, Nick achava que a lista era bem mais do que isso. Em uma manhã que parecia normal, ele entra na escola com uma arma e começa a atirar em todas as pessoas que estão na lista, uma por uma. Valerie é, também, atingida quando tenta impedi-lo e, quando recupera a consciência, já no hospital, descobre que está sendo considerada suspeita no massacre... Agora ela precisa não apenas provar que não teve nada a ver com o que aconteceu na escola, mas também aceitar que sua vida nunca mais será a mesma...

O que eu achei: comprei esse livro porque achei a sinopse interessante mas, confesso, não sabia exatamente o que pensar dele antes de começar a ler. Essas histórias de massacres em escola são sempre muito complicadas e eu fiquei com medo de uma história muito forçada, que puxasse a situação para um lado ou para o outro. Felizmente, isso não aconteceu. O livro conta uma história que não tem mocinhos e bandidos, mas sim um monte de gente que não sabe lidar da melhor maneira possível com as diferenças normais que existem nos seres humanos. A narrativa alterna o ponto de vista da Valerie - antes e depois da tragédia - com notícias de jornal e, aos poucos, vamos construindo o que aconteceu e quais as consequências disso na vida não só dela, mas na de todas as pessoas da escola. É uma narrativa interessante, que conta uma história contemporânea (infelizmente, a gente vê muito disso acontecendo), com personagens que tem todas as nuances possíveis, mas sem perder uma certa leveza... É um livro que fala, acima de tudo, de adolescência... Do "ser aceito" pelos amigos e colegas, do quanto certas coisas podem afetar os outros e de como, de vez em quando, as pessoas mais improváveis são aquelas que vão te surpreender, de maneira positiva ou negativa...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! É um livro bem diferente dos romances água com açúcar que eu costumo recomendar, mas é uma leitura deliciosa também...

Livro 21 - Amy e Matthew (Cammie McGovern)


Sinopse: Tudo o que Amy mais queria, era ter amigos. Por ter nascido prematura, enfrentou uma série de complicações quando era recém nascida e, por isso, carrega sequelas até hoje: não tem mobilidade de um lado do corpo e não fala, a não ser por meio de uma aparelhagem que carrega consigo desde criança, dessa forma, precisa estar sempre acompanhada de alguém que a ajude a realizar as mais simples tarefas. No último ano do Ensino Médio, ela decide que precisa se aproximar de pessoas de sua idade, então convence sua mãe a contratar alunos da sua turma para serem seus acompanhantes - e é assim que ela conhece Matthew. A verdade é que ele sempre esteve lá, mas eles nunca haviam conversado antes e, quando a amizade começa a evoluir, eles percebem que, apesar de ser muito fácil conversar um com o outro sobre qualquer coisa, é quase impossível falar o que se sente, realmente...

O que eu achei: comprei o livro por ter me interessado pelo enredo e esperava por personagens fortes e consistentes que combinassem com a história que o enredo pretendia contar. Infelizmente, me decepcionei. Apesar das caracterizações até que consistentes, nenhum dos dois me pareceu convincente o suficiente para me prender, sabe? Eles tinham seus problemas, eles buscavam soluções, eles se aproximaram e se afastaram, mas em nenhum momento eles me fizeram torcer por eles, sentir com eles, querer por eles. E isso é, na minha opinião, uma das coisas mais complicadas em termos de livros. Porque eu preciso me envolver para amar, realmente, o que estou lendo...

Recomendo: na verdade, não. Acho que tem coisa muito melhor por aqui, para ser sincera...

Livro 20 - I Was Here (Gayle Forman)


Sinopse: Cody e Meg eram melhores amigas desde o jardim de infância. Crescendo em uma cidade minúscula, elas passaram a maior parte da vida fazendo planos para sair dali e ir em busca de um futuro melhor. Meg é de uma família estruturada e com mais posses, portanto consegue uma bolsa de estudos facilmente, mas Cody acaba ficando para trás, tentando organizar sua própria vida antes de, com sorte, poder ir ao encontro da melhor amiga. A distância as afasta, claro, mas Cody não tinha ideia do quanto até receber um e-mail anunciando o suicídio de Meg. Essa morte a deixa devastada e, enquanto questiona seu papel na vida da amiga, ela vai fazer uma jornada pela vida de Meg na faculdade e vai descobrir coisas que, com certeza, mudarão a forma como ela enxergará a antiga amiga e a si mesma...

O que eu achei: Comprei esse livro por ter me apaixonado, nos últimos anos, pelas outras histórias da Gayle Forman e quando ele chegou eu mal podia esperar para ler. Felizmente, eu não me arrependi pois, uma vez mais, ela constrói uma história intrigante e emocionante ao mesmo tempo. Falar de suicídio é sempre complicado e bastante delicado, porque mexe com milhões de sentimentos ao mesmo tempo. O livro é todo contado pelo ponto de vista da Cody que está, desde o primeiro capítulo, transtornada pela morte de Meg. Entre raiva, culpa e tristeza, a menina precisa não apenas entender o que aconteceu com Meg enquanto elas estavam distantes, mas também entender quem ela é sem a presença daquela que foi, durante a maior parte da sua vida, a única referência. Além da protagonista/narradora - e de Meg - a Gayle cria, como sempre, ótimos personagens coadjuvantes - destaque para o roqueiro misterioso, Ben, que parece saber muito mais da vida de Meg do que deixa transparecer. Resumindo, não é uma leitura leve - muito pelo contrário - mas é uma leitura emocionante e delicada, que me levou às lágrimas, é verdade, mas também me fez muito feliz...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! É prato cheio para quem gosta de histórias humanas, com personagens que poderiam ser reais e fazer parte da vida diária...

Título em Português: ainda não foi lançado por aqui, mas como os outros livros da Gale já vieram pro Brasil - e com sucesso - com certeza esse aparecerá nas livrarias logo.

Livro 19 - The Silkworm (Robert Galbraith / J. K. Rowling)


Sinopse: Owen Quine é um escritor de fama discutível, que tem uma série de situações complexas em seu passado, além de ser considerado um excêntrico - ou seja, estranho. Quando ele desaparece, sua esposa decide contratar o detetive Cormoran Strike para encontrá-lo, já que afirma que ele não gostaria da polícia envolvida. Logo Strike se vê mergulhado no mundo literário, que é bem mais complexo do que parece, e cada descoberta que faz parece indicar que Quine tinha mais mistérios do que parece... Quando, porém, o escritor é encontrado brutalmente assassinado, Strike precisa correr contra o tempo para encontrar um assassino que parece ser o pior que já encontrou em sua carreira...

O que eu achei: esse já é o 2º livro que a J.K. Rowling escreve como Robert Galbraith e, uma vez mais, ela arrasa. A narrativa é forte, complexa e intensa e constrói um enredo que prende a atenção de uma maneira fenomenal. Mais uma vez, comparo a construção dela com a da Agatha Christie. O enrendo é cheio de reviravoltas e quem comanda são personagens de moral duvidosa, daqueles que a gente demora pra entender, e que vão se revelando com o passar da história... Dessa vez, porém, não houve como me importar com a vítima, que me pareceu um egocêntrico chato e safado até o final... Mas o Strike, que já tinha me conquistado no final de The Cuckoo's Calling, continuou se mostrando um personagem fantástico... Longe de ser perfeito e chegando a ser insuportavelmente em muitos momentos, ele é daqueles personagens que eu adoro odiar... Porque ele me irrita, mas eu me preocupo, constantemente. Claro que ele não é nenhum Hercule Poirot - nunca será, sinto dizer - mas é um personagem que vale a pena acompanhar. Não sei se há planos para mais livros que acompanhem as aventuras do detetive, mas, se houver, certeza que farão parte da minha coleção...

Recomendo: sim, sim. Para quem curte narrativas policiais, é um prato cheio, daqueles que vale a pena ser provado...

Título em Português: O Bicho-da-Seda

Livro 18 - The Jewel (Amy Ewing)


Sinopse: Em um futuro distópico, na Cidade Solitária, cada um dos cinco círculos tem seu papel: fornecer alguma coisa para a Joia, o centro de tudo, onde vive a realeza. Nascida no pior dos cinco círculos, o Pântano, Violet descobriu aos 13 anos qual seria seu papel: dar um filho para a realeza da sociedade. É uma prática comum, já que as mulheres da Joia não podem ter filhos, que todas as meninas da Cidade Solitária sejam testadas aos 13 anos e, quando comprovado que são férteis, sejam treinadas para servirem à realeza. Ao ir para a Joia, depois de 3 anos de treinamento intenso, Violet encontra um mundo de luxo e beleza que nunca imaginou que existiria, mas, ao mesmo tempo, descobre um mundo de traição, crueldade e maldade com o qual não sabe se consegue lidar... E quando um amor proibido surge em sua vida, ela precisará fazer escolhas que, sem dúvida nenhuma, mudarão completamente seu destino...

O que eu achei: comprei esse livro por causa dessa linda capa e porque, como vocês sabem, sou apaixonada por universos distópicos... Descobri depois de ter começado a ler que esse é o primeiro livro de uma trilogia, ou seja, lá vai Luciana sofrer na expectativa dos próximos, mas não importa, porque o livro é realmente apaixonante. Primeiro, claro, pela protagonista e narradora, que é daquelas que eu amo: tem uma personalidade forte e questionadora, é esperta pra caramba mas, ao mesmo tempo, se enrola inteira e comete vários erros - mas é claro, afinal, tem só 16 anos! E, segundo, pela construção do enredo mesmo... Claro que ficaram alguns buracos e faltaram algumas explicações, mas é só o começo da história, então não vejo nenhum problema... A verdade é que a autora teve o cuidado de construir uma história muito clara e bem encaixada e fez a escolha de não contar toda a história da sociedade de uma vez - vamos conhecendo esse mundo e obtendo explicações sobre os porquês aos poucos, ao mesmo tempo em que vamos conhecendo a história... Além disso, ela soube construir personagens bem complexos: até mesmo a Violet, que conhecemos melhor do que todos os outros personagens, confunde o leitor de vez em quando, graças às suas motivações confusas. São personagens meio reais, nem 100% certos e nem 100% errados, mas sim humanos... Resumindo: é um livro fenomenal!

Recomendo: Sem dúvida nenhuma! Para quem curtiu Jogos Vorazes, Seleção, Divergente e coisas do gênero, será, sem dúvida, um prato cheio!

Título em Português: A Joia