Livro 69 - My Heart and Other Black Holes (Jasmine Warga)


Sinopse: Desde que seu pai foi preso por assassinar um jovem atleta em sua pequena cidade, Aysel nunca mais foi a mesma. Obrigada a voltar a viver com a mãe e a nova família que ela construiu, a garota, aos 17 anos, é solitária, constantemente observada pelos colegas e sempre triste. Muito triste. Aysel não acha que tenha razões para viver e por isso decide acabar com a própria vida. Pela internet, ela conhece Roman, um jovem de uma cidade vizinha que tem, também, os mesmos planos. Ambos decidem, então, tornarem-se parceiros e começam a fazer planos para dali a um mês. O que eles não imaginam é que essa parceria terá o poder de mudar muito da vida vazia que ambos acreditam que vivem...

O que eu achei: lá em fevereiro, eu li um livro que falava depressão e sobre querer acabar com a própria vida e, apesar de ser um tema bastante pesado, que mexe comigo demais, foi um livro que eu amei muito. Então quando esse livro apareceu na minha vida, decidi que valia a pena lê-lo. As duas narrativas são bem diferentes e, apesar de eu também ter gostado dessa história, ela não me envolveu tanto quanto a primeira. Dito isso, vamos aos detalhes: o livro é narrado pelo ponto de vista da Aysel que é realmente uma menina bem triste, porque carrega em si uma certa culpa, por amar o pai e sentir falta dele, mesmo ele sendo um assassino. O encontro dela com o Roman é bem clichê e a história, a partir daí, parece seguir um caminho óbvio, com algumas poucas surpresas no caminho. O engraçado foi que, no começo da história, eu estava bem incomodada com meus sentimentos com relação aos personagens, que não estavam me prendendo o suficiente. Essa sensação passou com a leitura, já na metade do livro eu conseguia me importar bastante e, depois de um certo ponto, fiquei com aquela loucura de não conseguir largar o livro antes do final da história. O final, confesso, não me surpreendeu, mas mesmo assim o livro me agradou. A leitura é relativamente rápida, mas como a temática é pesada, torna-se uma leitura densa. Depressão é uma coisa complexa demais, então não foi uma experiência leve como costumam ser minhas leituras...

Recomendo: sim, sim. Mas, como eu disse, é uma leitura densa que toca em um assunto bem pessoal e complicado - então talvez não seja uma boa ideia para todas as pessoas...

Título em Português: não foi lançado por aqui ainda, infelizmente.

Livro 68 - Sr. Daniels (Brittainy C. Cherry)


Sinopse: Após perder a irmã gêmea para a leucemia, Ashlyn é enviada pela mãe para morar com o pai, para terminar o Ensino Médio. Já sentindo-se perdida sem sua "melhor metade" e sem ter nenhum tipo de relacionamento com o pai, Ashlyn chega à pequena cidade carregando alguns poucos pertences e uma caixa de lembranças de sua irmã e, ainda na estação de trem, conhece o músico Daniel e alguma coisa nele a atrai instantaneamente: depois de mais um encontro, eles percebem que têm as mesmas paixões por música e pelos textos de Shakespeare e que ambos compartilham dores de perdas irreparáveis. A garota começa a acreditar que, talvez, ainda haja esperanças para ser feliz, quando, ao começar o último ano do Ensino Médio na escola em que seu pai é vice-diretor, descobre que Daniel é o Sr. Daniels, seu professor de Inglês e que isso significa que qualquer relacionamento entre eles é impossível...

O que eu achei: gente, minha história com esse livro é bem engraçada. Ele apareceu como sugestão em um site, durante uma das minhas muitas compras. Eu achei a capa linda e resolvi ver do que se tratava - o enredo, como vocês podem ver na sinopse, é um enredo relativamente simples e até um pouco clichê mas, por algum motivo, ele me pegou de jeito e eu fiquei com aquela necessidade extrema de ler aquela história. Claro que naquele site ele estava em falta e teria que ser encomendado, então lá fui eu caçar em outros sites, até conseguir comprar. E ai ficou a expectativa, eu estava simplesmente ALUCINADA para começar a ler - inexplicavelmente, eu sei. Felizmente, quando o livro finalmente chegou, eu já tinha terminado o livro 67, então nem precisei esperar - e minha estranha ligação com o livro continuou... Gente, que leitura fenomenal que foi essa, que livro fantástico, que personagens incríveis... A narrativa alterna os pontos de vista do Daniel e da Ashlyn e, aos poucos, vamos conhecendo os altos e baixos dos dois, que estão longe de serem personagens perfeitos e acho que é exatamente por isso que eu me encantei tanto pela história. Ambos são maduros o suficiente para saber, exatamente, em que estão se metendo e todas as atitudes que tomam, até mesmo as mais confusas, fazem sentido, sabe? São duas pessoas muito tristes, que precisam de esperança e encontram isso um no outro, apesar dos óbvios problemas que o relacionamento dos dois apresenta... Não posso falar muita coisa, porque corro o risco de falar demais, mas a verdade é que o livro, apesar de um enredo simples e aparentemente clichê, se mostrou um dos melhores livros que li no ano e acho que isso vem da construção dos protagonistas. Senti, durante minha leitura desse livro, o que me faltou no livro anterior: uma conexão fortíssima com os personagens, que me levaram às lágrimas mais de uma vez (e lágrimas com direito a soluços e olhos vermelhos e inchados depois - sério mesmo)... Foi uma surpresa agradável e um livro que entra na lista de melhores da vida...

Recomendo: SEM DÚVIDA NENHUMA! Sério, gente, leiam. É MUITO BOM MESMO! (sim, em caps, porque sou dessas)

Livro 67 - The Probability of Miracles (Wendy Wunder)


Sinopse: Campbell não acredita em milagres: ela tem 17 anos, mas passou os últimos 5 entrando e saindo de hospitais, lutando contra um câncer que, aparentemente, não quer deixá-la em paz. Quando até mesmo seu médico parece ter perdido as esperanças, a mãe de Cam surge com uma ideia louca: passar o verão em uma pequena e mítica cidade do Maine, chamada Promise, onde dizem que milagres acontecem. A garota não consegue acreditar que haja essa possibilidade, mas vai com a mãe e com a irmã para essa pequena cidade, onde o pôr-do-sol demora horas para acabar, onde flamingos se escondem atrás do colégio, onde ela conhece Asher e faz amigos, pela primeira vez em muito, muito tempo. Campbell pode não acreditar em milagres mas se ela passar a acreditar em si mesma, quem sabe, alguma coisa não mude?

O que eu achei: é uma triste constatação, mas é verdadeira - há MUITOS livros por aí que tratam de jovens doentes, à beira da morte. São histórias absurdamente parecidas, que mudam apenas por conta de narrativa, de personagens, de enredo. Isso não é uma crítica, veja bem, estou apenas constatando um fato, uma vez que li muita coisa com essa temática. Acho interessante falar de morte, de perdas, de aproveitar a vida e de aceitar certas coisas, mas é um pouco frustrante quando as histórias parecem se repetir, sabe? Acho que dava para ser tão mais diferente, mais ousado, mais original... Bom, esse livro não é muito diferente de muita coisa que eu li... Achei a abordagem mais "ácida", talvez pela protagonista ser bem pessimista e estar 100% pronta para morrer, independente do que sua família acredita. Uma coisa que me agradou na história foi acompanhar a evolução dela, a maneira como ela vai mudando seu modo de agir e de pensar para adaptar-se aos sentimentos das pessoas ao seu redor... O livro é narrado em 3ª pessoa, uma mudança interessante dos últimos livros que tenho lido, todos em 1ª pessoa, mas talvez tenha sido por isso que eu não consegui me conectar, realmente, aos personagens. Durante toda a leitura, faltou uma conexão mais profunda, sabe? Não é que eu não me importasse, eu só não estava me importando o suficiente, sabe? Acompanhei a história, queria saber como terminava, senti pelos personagens, mas, sei lá, esperava mais. Eu gosto de me envolver a ponto de chorar até ficar com dor de cabeça, gosto de me envolver a ponto de ficar com aquele vazio no coração com o final de um livro... Não me levem a mal, o livro é bom, a história é interessante... Só não me pegou de jeito...

Recomendo: até que sim. Como eu disse, é uma boa história, é uma boa narrativa... Só não me afetou como eu esperava...

Título em Português: não foi lançado por aqui ainda...

Livro 66 - My Life Next Door (Huntley Fitzpatrick)


Sinopse: Samantha Reed vive em uma grande casa com sua mãe e sua irmã. Sua vida é organizada e tranquila, tudo graças à personalidade de sua mãe, que não gosta de bagunça nenhuma. Os vizinhos do lado, porém, vivem uma vida bem diferente: os Garrett são uma família numerosa e barulhenta e aparentemente feliz. Sam está acostumada a ficar na janela, observando a família vizinha, imaginando como seria fazer parte dessa vida. Até que um dia, um dos filhos, Jase, sobe em sua varanda e muda sua vida: os dois apaixonam-se perdidamente. Infelizmente, o destino colocará, na vida dos dois, obstáculos sérios e Samantha precisará pensar bem e decidir que tipo de vida ela quer levar...

O que eu achei: eu não lembro o que me levou a comprar esse livro, acho que foi a capa, que é bem adorável, né? A verdade é que foi um livro que comprei de maneira despretensiosa e que, página a página, foi tornando-se um favorito... Que leitura deliciosa, gente! A narrativa é toda em primeira pessoa e a Samantha é uma garota fenomenal de se conhecer: questionadora, inteligente, levemente insegura, cheia de dúvidas e questionamentos, buscando a felicidade acima de tudo... Como ela tem um background de privilégios - sua mãe tem dinheiro, ela estuda em escola particular e tem o futuro garantido - eu esperava aquele clichê de "garota mimada que descobre as dificuldades da vida e se torna uma pessoa melhor", mas não é assim, felizmente. Desde o início ela foge do esteriótipo e se torna uma protagonista deliciosa de se acompanhar, exatamente por ser real, sem ser exagerada na construção, sabe? O enredo da história, em si, é bem simples, é aquela história de namoro proibido e amores adolescentes, mas o que tornou o livro tão querido foram realmente os personagens. O protagonista masculino foi, também, uma ótima surpresa: terceiro filho de sete, ele se mostra um jovem seguro de si sem ser metido, atencioso com os irmãos e com os pais e extremamente dedicado à Samantha, quando começam a se relacionar. Esse livro é a prova de que uma boa leitura se faz a partir de bons personagens...

Recomendo: hah, sem dúvida! É uma leitura leve mas deliciosa, daquelas que ajudam a gente a esquecer do nosso mundo e nos transportar para outra realidade...

Título em Português: Minha Vida Mora ao Lado

Livro 65 - Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer (Jesse Andrews)


Sinopse: Greg conseguiu construir para si uma vida tranquila: é praticamente invisível no colégio, o que faz com que ele não sofra bullying de nenhum lado. Seu único amigo, Earl, é alguém que ele raramente vê na escola, mas com quem ele passa seu tempo livro, seja jogando videogame, seja fazendo filmes toscos baseados em clássicos do cinema mundial. Até que sua mãe pede que ele passe um tempo com Rachel, uma colega de escola que acaba de ser diagnosticada com leucemia. Apesar de odiar a ideia de fazer amigos e, de repente, tornar-se visível na escola, Greg faz o que a mãe pede e, entre os três, surge uma amizade surpreendente...

O que eu achei: encontrei esse livro há algum tempo, em uma lista de livros que estavam prestes a virar filme. A temática não me atrairia normalmente (eu basicamente fui forçada a ler A Culpa é das Estrelas e, apesar de ter gostado, e muito, não sou muito fã de histórias de crianças/adolescentes doentes), mas como eu vi que havia dois atores de quem eu gosto muito no elenco do filme, decidi que valia a pena a leitura antes do filme. O problema é que eu não achava esse livro de jeito nenhum - nem em inglês e nem em português. Eu já tinha até me esquecido dele quando, por algum motivo bizarro, ele apareceu numa das "buscas relacionadas" em um dos muitos sites onde compro livros. Achei que era o universo me dando uma dica e comprei. Comecei a ler ontem, terminei agora a pouco - minha leitura costuma ser mais rápida em português, a narrativa é simples e o livro é mais curto do que os que eu costumo ler - e ainda não sei, exatamente, o que sentir com relação ao livro. Desde as primeiras páginas, fica bem claro que o livro não tem nada do sentimentalismo do John Green ou de outros autores que escreveram livros desse estilo. Greg, o narrador, é um adolescente daqueles meio desagradáveis, sabe? E ele não faz questão de esconder nada dos leitores, o que, apesar de ser uma estratégia bem legal do autor, é arriscado... Eu passei a maior parte do livro odiando o protagonista, sabe? Eu fico com a impressão de que talvez fosse essa a ideia, mas é difícil você curtir um livro quando o narrador é um adolescente chato e meio nojento, até. Anyway, a história é simples e quase clichê, mas a maneira como o relacionamento dos três se desenvolve consegue fugir um pouco do óbvio. Eu gostei da estrutura que o autor escolheu para o texto, com o Greg conversando com os leitores, indo e voltando em memórias e sentimentos, e adorei o fato de que nada ali é um "mar de rosas" - mas, repito, foi estranho acompanhar uma história toda sem curtir o protagonista e foi difícil pra mim sentir alguma coisa por ele durante toda a leitura que não fosse desprezo... Para minha surpresa, porém, quando vi o trailer do filme (não tinha visto antes de ler o livro - tenho manias) não o achei desagradável... Então não sei se a minha opinião vai mudar depois que eu assistir ao filme - mas aviso vocês, se for o caso. 

Recomendo: então, eu realmente não sei. Eu acho que até vale a pena ler, pela construção do enredo e pela fuga dos clichês e do óbvio... Mas pra quem, como eu, procura identificação com personagens, talvez seja uma leitura difícil...

Livro 64 - Minha Vida Fora de Série: 3ª Temporada (Paula Pimenta)


Sinopse: Aos 19 anos, Priscila está prestes a deixar para trás a adolescência e enfrentar as responsabilidades da vida adulta. O namoro com Rodrigo continua firme depois de 6 anos, mas até mesmo as coisas mais certas da vida podem sofrer mudanças com o passar do tempo. Dúvidas com relação à faculdade, mudanças na vida familiar e o amor por Rodrigo, tudo deve ser levado em consideração e, aos poucos, Priscila vai entender que mesmo as coisas que já aconteceram podem afetar seu presente e, consequentemente, seu futuro...

O que eu achei: gente, que saudades que eu estava do universo que a Paula criou para essas personagens! Acho que só percebi o quanto senti falta quando peguei o livro nas mãos... Bom, vamos deixar a emoção de lado (mentira) e falar sobre o livro... Como já comentei aqui, meu amor pelos livros do Minha Vida Fora de Série é muito grande - não sei se porque foi o primeiro livro da Paula que li, ou se me identifico mais com a Priscila do que com outros personagens, mas sei que essa é uma história que eu gosto muito de acompanhar. Bem alucinadamente mesmo, fiquei até 4h da manhã lendo, essas coisas... Novamente, temos capítulos que intercalam os pontos de vista da Pri e do Rodrigo, o que eu acho muito bom, porque é bom enxergar os lados dos dois protagonistas. A Paula continua com sua narrativa fluida sem ser superficial e mesmo quando a gente sente raiva dos personagens (vale lembrar que os melhores personagens da vida são aqueles que a gente ama e odeia ao meso tempo), essa raiva é justificada, sabe? Outra coisa que eu adoro nos livros da Paula é a forma como ela conta a história não apenas por meio da narrativa, mas também com cartas, e-mails e mensagens de celular... As personagens continuam as mesmas, porém, diferentes. Tanto o Rodrigo quanto a Priscila amadureceram, mas não perderam a essência, algo que me deixa bem satisfeita. Claro que a história não é uma constante de felicidade, ela tem altos e baixos e, sim, ontem eu cheguei a chorar horrores a ponto de ficar com dor de cabeça (sim, eu sei), mas é uma história real. Todos os conflitos vividos pelos protagonistas são reais e poderiam acontecer com qualquer um de nós, acho que é isso que torna o livro tão maravilhoso. Quem leu Fazendo Meu Filme já sabe mais ou menos o que esperar dessa 3ª temporada (que começa com a Priscila voltando de visitar a Fani em Los Angeles) mas mesmo quando o esperado acontece, a Paula faz com que fique surpreendente. Sabe, a cada livro dela que leio, aumenta minha admiração pela construção de personagens e enredos que ela tem... E, sim, o livro vai deixar você ansioso pela próxima temporada, é verdade, mas você vai adorar... Ah, claro, e como foi delicioso reencontrar a Fani e o Leo, mesmo que de relance... ;-)

Recomendo: sem dúvida nenhuma! Quem gosta de leituras leves, mas sem serem superficiais, precisa conhecer os livros da Paula Pimenta...

Livro 63 - Everything Leads to You (Nina Lacour)


Sinopse: Como presente de formatura, Emi ganha de seu irmão mais velho o direito de usar seu apartamento perfeito durante o verão. Ele impõe apenas uma condição: que aconteça algo épico naquele espaço durante esse período. Envolvida no trabalho de seus sonhos - design de sets para filmes, Emi terá um verão ocupado e cheio de descobertas enquanto tenta realizar o pedido do irmão...

O que eu achei: esse livro apareceu pra mim várias vezes em buscas relacionadas nos livros que eu compro... Lembro que me apaixonei pela capa, assim que o vi pela primeira vez, porque é uma capa muito fofa, mas não conseguia nunca comprar porque tinha que ser importado e nunca estava disponível e aquela chatice toda. Quando tive a oportunidade, então, comprei e, felizmente, não me arrependi. Quando terminei o primeiro capítulo eu já sabia, sem dúvida nenhuma, que tinha encontrado mais uma história preferida... Vamos aos detalhes, então! O livro é todo narrado pela Emi que, apesar de bem jovem, é bastante madura. Ela vive em Los Angeles e estagia na indústria cinematográfica graças ao irmão mais velho. O legal é que a Emi gosta dos bastidores do cinema, sabe? Ela ajuda na criação de sets de filmagem, faz parte da produção, da criação do mundo que vemos ao assistirmos a um filme e achei esse aspecto do livro absurdamente interessante. Eu gosto muito de cinema, então qualquer coisa relacionada a isso me deixa interessada - e gostei da forma como a autora foi apresentando esse mundo, misturada na história e no amadurecimento da personagem... O grande conflito da história surge quando Emi e sua melhor amiga, Charlotte, encontram uma carta no meio dos pertences de um ator famoso, já falecido. Elas vão querer solucionar esse mistério, claro, ao mesmo tempo em que precisam lidar com as mudanças de suas vidas pós-colégio. A história é simples e sutil, mas trata de temas reais de uma maneira bem "pé no chão", sabe? E os personagens são muito bons, daqueles que me deixam com saudades quando eu termino o livro... Foi uma experiência completa, essa leitura: personagens fantásticos, uma história interessante contada em um cenário que me encanta... E a narrativa da autora é tão fenomenal que eu já encomendei os outros dois livros dela, porque eu tenho certeza que vou amar qualquer coisa que ela escrever...

Recomendo: Sem dúvida nenhuma! Como eu disse, é uma leitura aparentemente simples, mas cheia de sutilezas que deixam a gente pensando sobre tantas coisas... Vale a pena!

Título em Português: infelizmente, não foi lançado por aqui ainda...

Livro 62 - Better Than Perfect (Melissa Kantor)


Sinopse: A vida de Juliet sempre foi exatamente como ela esperava: pais amorosos, um namorado atencioso e dedicado e ótimas notas. Na verdade, tudo o que ela quer para ser realmente feliz é tirar a nota máxima nos SATs e ser admitida em Harvard, juntamente com o namorado, é claro. Quando, ao final do seu penúltimo ano na escola, seus pais anunciam a separação e sua mãe cai em uma profunda depressão, Juliet começa a ver seu mundo perfeito desmoronar. E passa a ter muitas dificuldades para entender, exatamente, o que precisa para ser realmente feliz.

O que eu achei: comprei esse livro porque já havia me apaixonado por um outro livro da mesma autora, no ano passado, então achei que valia a pena ler mais alguma coisa dela. E, novamente, não houve arrependimentos... A história é toda narrada por Juliet e, quando começa, seu mundo já desmoronou: ela já está lidando com a depressão seríssima da mãe e preocupada com a situação. O que eu achei interessante, é que a garota tinha basicamente tudo para ser uma protagonista absurdamente irritante, mas ela não é. As dúvidas, os questionamentos, todas as crises que ela vive, desde o início da história não apenas são justificadas, como ela lida com todas elas da melhor maneira possível. Eu passei a tarde toda lendo esse livro ontem e passei por risadas e por lágrimas com aquela facilidade que torna o livro incrível, sabe? Já deu pra perceber que a Melissa pega histórias relativamente simples e as conta de maneira intensa, jogando o leitor pra dentro da história e fazendo com que a gente viva todos os sentimentos do mundo... Foi uma leitura deliciosa, podem ter certeza disso...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! Já está na lista dos recomendáveis!

Título em Português: infelizmente, não foi publicado na nossa terra ainda... Quem sabe um dia, né?

Livro 61 - The End of Everything (Megan Abbott)


Sinopse: Lizzie e Evie são amigas desde sempre. Cresceram juntas, são vizinhas e fazem absolutamente tudo juntas, contam tudo uma para a outra: é como se uma não existisse sem a outra. Até que um dia, depois da escola às vésperas da formatura do Ensino Fundamental, Evie simplesmente desaparece, sem deixar vestígios. Envolta em culpa, dúvidas e constantemente questionada pelos adultos a sua volta, Lizzie passa a buscar por pistas, entre as coisas da amiga e conversas que teve com ela, para tentar descobrir exatamente o que aconteceu com a amiga...

O que eu achei: gente... que livro é esse?! Comprei meio sem saber o que esperar, mas foi começar a ler que eu simplesmente não conseguia mais largar! Impressionante! Vamos lá: a narrativa é feita pela Lizzie, que, aos 13/14 anos precisa lidar com o desaparecimento da amiga e com a cobrança dos adultos, que têm certeza de que ela sabe mais do que compartilha com eles. A menina é muito esperta, é verdade, mas é ainda uma menina e isso fica claro nos altos e baixos das atitudes que ela toma durante a história. Aos poucos, vamos conhecendo melhor Evie e sua família, ao mesmo tempo em que ficamos ansiosos pelo destino da menina... Não quero falar muito para não estragar nada, mas, gente, acreditem, a história vai crescendo, se entrelaçando e chega uma hora - ah, essa hora - que não tem como largar o livro antes do final...

Recomendo: sim, sim! É uma leitura que está longe de ser leve, mas que é absurdamente deliciosa e que aguça a curiosidade a cada minuto...

Título em Português: infelizmente, não foi lançado por aqui...

Livro 60 - O Nome do Vento (Patrick Rothfuss)


Sinopse: A princípio, Kote parece ser um simples dono de hospedaria, atento às notícias e às novidades do pequeno povoado em que mora. Só quem o observa de muito perto percebe que ele esconde segredos, muitos segredos. E é a chegada de um Cronista à hospedaria que fará com que Kote conte sua história e, pouco a pouco, certo e errado se misturam enquanto conhecemos sua história de magia, morte, amor e ambição...

O que eu achei: não lembro exatamente o que eu estava procurando quando esse livro apareceu na minha frente e eu acabei ficando curiosa pra ler. Desde Game of Thrones que eu ando procurando uma história do mesmo estilo para acompanhar, então decidi arriscar - e, ó, valeu MUITO a pena. É uma leitura densa, que lembra várias outras do estilo, mas não vi dificuldades para acompanhar as personagens e fiquei intrigada/curiosa/atenta a maior parte do tempo com a história. O protagonista, Kote, é daqueles que você não sabe se é mocinho ou vilão, que tem atitudes injustificadas misturadas com aquelas que fazem sentido... Foi uma relação de amor e ódio com ele, sabe? E, claro, o mundo criado pelo autor é fantástico: magia, mistérios, corrupção e ambições, tudo tão irreal mas com nuances de realidade, sabe? Foi uma daquelas leituras que eu fico feliz em fazer nas férias, porque, sim, fiquei até quase quatro da manhã para terminá-lo, mas porque eu não conseguia largar... E a história continua - e eu não vejo a hora de pegar o próximo livro para ler...

Recomendo: SEM DÚVIDA NENHUMA! Quem gosta desse tipo de leitura vai adorar esse livro!

Livro 59 - Essa Garota (Colleen Hoover)


Sinopse: Nesse terceiro livro, Layken e Will parecem estar, finalmente, em um bom momento em suas vidas. A garota, porém, quer saber exatamente de que maneira sua mudança afetou a vida do jovem rapaz. Ele decide, então, contar para ela alguns dos melhores - e piores - momentos do início de seu relacionamento. Sentimentos bons e ruins voltarão à tona e os dois descobrirão se o que os une é, realmente, forte o suficiente para mantê-los juntos...

O que eu achei: novamente, confesso que comecei esse livro um pouco reticente. Porque o final de Pausa é muito perfeito e essa ideia de "recontar uma história pelo ponto de vista de outro personagem" me irrita um bocado - mas darei o braço a torcer e direi que entendi o que a autora queria com esse livro. Por mais que sejam os mesmos momentos do primeiro livro, não é a mesma história quando contada pelo ponto de vista do Will, sabe? Ele é um narrador diferente e a sua visão dos acontecimentos do primeiro livro me surpreendeu e me ajudou a entender várias atitudes que ele tomou no decorrer da história...  Foi uma boa ideia - embora arriscada, porque as chances dele ficar repetitivo eram bem grandes - e foi muito bem construída! A narrativa intercala o presente com as lembranças, mas tudo bem justificado e bem organizado e tão apaixonante quanto os outros dois livros...

Recomendo: sim, sim, SIM! Os três livros são recomendáveis e merecem ser espalhados para quem gosta desse tipo de leitura, leve, sem deixar de ser complexa...

Livro 58 - Pausa (Colleen Hoover)


Sinopse: Layken e Will conheceram-se por acaso e apaixonaram-se rapidamente: mas a vida dos dois está longe de ser um conto de fadas. Entre perdas, brigas, obstáculos extraordinários, medos e tragédias, os dois são jovens, mas têm uma história que poucas pessoas já enfrentaram. E mesmo quando tudo parece simples e finalmente resolvido, a vida coloca provações no caminho dos dois, que precisam fazer escolhas constantemente...

O que eu achei: sempre fico meio insegura quando me apaixono muito por um livro que tem uma sequência que me parece desnecessária... Isso porque, ao final de Métrica, as coisas parecem ter se acertado, então um segundo livro faz com que eu tema situações forçadas, apenas para a existência de uma sequência... Mas, felizmente, isso não acontece aqui! Primeiro porque esse segundo livro traz o Will como narrador, o que foi uma mudança ousada da autora, mas que encaixou muito bem na história que ela queria contar. Acho que conhecemos bem a Lake no primeiro livro e já sabemos como ela pensa, então saber como o Will pensa foi uma ótima ideia. E, não, nenhuma das situações que os personagens enfrentam nesse livro me pareceu forçada, muito pelo contrário. Encontramos Layken e Will em um momento delicado de suas vidas e os obstáculos que eles enfrentam são bem claros e realistas... Esse livro, mais do que o primeiro, me envolveu terrivelmente: cheguei, sim, a chorar em alguns momentos o que é, pra mim, um termômetro do quanto me conectei à história... Gostei muito do fato de, apesar da mudança de narrador, a narrativa não perdeu as características pelas quais me apaixonei no primeiro livro...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! É uma leitura leve, porém complexa e relativamente intensa, que vale a pena ser compartilhada...

Livro 57 - Métrica (Colleen Hoover)


Sinopse: Depois da morte repentina do pai, Layken, de apenas 18 anos, acaba tendo que se tornar o centro de sua família, apoiando a mãe e o irmão mais novo, de apenas 9 anos. Por fora, a garota parece capaz e disposta a ajudar, mas por dentro ela sofre, não apenas sentindo falta do pai, mas também sentindo falta da vida que levava antes, uma vez que a família foi forçada a mudar para o outro lado do país depois da morte do pai. Em sua nova vizinhança, porém, Layken conhece Will, um jovem de 21 anos, centrado e responsável, e é só na presença dele que ela consegue tornar-se a menina que um dia foi... O relacionamento dos dois parece ser tudo o que ambos precisam, mas o destino, infelizmente, vai mostrar que nem tudo é tão simples quanto poderia ser...

O que eu achei: eu ando namorando esse livro há muito tempo - coisa de anos mesmo. Lembro de pegá-lo nas mãos infinitas vezes nas idas às livrarias da vida mas, por mil e um motivos, nunca o comprava. Ele faz parte de uma trilogia e quando os três livros apareceram pra mim em uma promoção, não vi mais motivos para não comprar... E, sério, foi a melhor coisa que eu fiz; apaixonei-me, perdidamente, por esses personagens e pela história que a Colleen conta nesse livro... O livro é todo narrado pelo ponto de vista da Layken, que está claramente dividida. Ela entende os motivos pelos quais teve que mudar para tão longe de casa, mas, ao mesmo tempo, ela sente falta de quem era antes de toda a tragédia acontecer. E a única pessoa que parece enxergar todas as nuances da personalidade dela é o Will - que é um personagem que me surpreendeu terrivelmente. A verdade é que eu sou sempre mais fã das personagens femininas - e a Lake entrou com certeza para a lista de personagens queridas - mas o Will me prendeu, me envolveu e me fez ficar apaixonada e com raiva, tudo ao mesmo tempo... Não quero falar muito dos dois, para não estragar a história para ninguém, mas acho válido dizer que são dois jovens que precisam enfrentar a vida e suas responsabilidades e fazem o possível para não se perderem nesse meio... É uma leitura que flui muito bem, a narrativa não é monótona e a construção da história é feita de uma maneira que prende nossa atenção, mas sem deixar nada no ar por muito tempo...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! É mais um que vou sair emprestando alucinadamente, só para que as pessoas ao meu redor se apaixonem como eu me apaixonei...

Livro 56 - Não Sou Este Tipo de Garota (Siobhan Vivian)


Sinopse: Se tem algo que Natalie Sterling sente com relação aos seus anos na escola, é orgulho. Ela passou todo o Ensino Médio tomando as decisões certas e se preparando para o futuro. Ao chegar em seu último ano, porém, e ser eleita presidente do conselho estudantil, Natalie se verá diante de uma série de decisões que alterarão todos os planos que ela achou já serem certos...

O que eu achei: então... nem sei o que falar sobre esse livro. Confesso que comprei meio sem querer, porque precisava fechar um valor pra não pagar o frete (sim, sou dessas) e me arrependi bastante. Sério mesmo. Achei o livro bem vazio, as personagens sem nenhum tipo de nuance e a história bem da fraquinha. Eu gosto de ler livros que me façam esquecer do mundo, mas ó, esse não me fez bem nenhum. Tudo me pareceu forçado: as amizades da protagonista, o relacionamento amoroso no qual ela se envolveu, as decisões que ela tomou... Foi péssimo, sério mesmo. Sei nem o que falar.

Recomendo: nope. De jeito nenhum. Sério mesmo.

Livro 55 - The Girl on the Train (Paula Hawkins)


Sinopse: Todos os dias, Rachel pega o trem para Londres pela manhã e de volta ao subúrbio no começo da noite. Pela janela ela observa, todos os dias, as mesmas paisagens, as mesmas casas passam por ela como um borrão enquanto ela tenta colocar sua vida no lugar. E quase todos os dias, o trem para no mesmo sinal e permite que ela enxergue, com detalhes, o mesmo casal: tomando café da manhã do lado de fora - ou um copo de vinho - e ela se vê totalmente conectada às cenas domésticas que testemunha, desejando aquela vida para si. Até que um dia ela vê algo que a surpreende totalmente e, em seguida, se vê envolvida em uma investigação policial que vai, sem dúvida nenhuma, mudar sua vida e a de todos ao seu redor...

O que eu achei: comprei esse livro depois de vê-lo ser recomendado pela Jennifer Aniston, no Instagram. Sim, sim, eu sei. Foi um trabalho absurdo conseguir, porque ele não foi lançado por aqui e eu ando com muitas dificuldades para comprar livros em inglês, mas eu não desisti - ainda mais depois de ver a Lea Michele postando uma foto do livro também. (sim, eu sei. Não me julguem, por favor. Obrigada) E, gente, que livro FENOMENAL! Quando fui ler sobre o enredo, vi que ele era recomendado para quem gostou de Gone Girl, então eu decidi arriscar, apesar dos sentimentos conflitantes pela Garota Exemplar - e valeu tão a pena que eu nem sei explicar... O livro alterna 3 pontos de vista: de Rachel, a garota do trem; de Megan, a mulher que é observada por ela; e de Anna, outra mulher com um papel importante na vida de Rachel. As três têm vidas diferentes e separadas, mas, ao mesmo tempo, parecidas e conectadas. A grande sacada da história está, na minha opinião, na maneira como ela foi construída: o suspense é absurdo e faz com que a gente tenha vontade de não largar o livro até o final... Não dá pra saber exatamente o que aconteceu, com quem aconteceu e o que acontecerá nas páginas seguintes... E o enredo dá umas viradas no meio que deixam a gente chocado ao mesmo tempo em que faz sentido, sabe? Sério, foi um dos melhores livros que eu li nos últimos tempos (ele foge BEM do estilo que eu leio mais, que é teen lit pra esquecer da vida) e eu não duvido nada que ele se torne um hit logo, logo... 

Recomendo: SEM DÚVIDA! Já está na lista de empréstimos pra uma amiga muito querida (beijo, Má!) e depois dele, pra quem quiser. Vale MUITO a pena!

Título em Português: A Garota no Trem (descobri que ele está em pré-venda nas livrarias, então é novidade!)