Livro 75 - Invisível (David Levithan & Andrea Cremer)


Sinopse: Stephen é invisível. Desde que nasceu, ninguém nunca o viu e ele nem mesmo viu seus reflexos: é como se ele não existisse. Órfão de mãe e vivendo às custas de um pai que não faz questão de aparecer, ele vive uma vida solitária, observando as pessoas e desejando uma vida diferente. Elizabeth tinha uma vida boa, cercada de pessoas que acreditava serem suas amigas, até que uma situação desagradável com seu irmão faz com que ela perca a fé nas pessoas, ao mesmo tempo em que, juntamente com a família, ela se muda para Nova York. Insatisfeita com a recém-adquirida solidão, ela só queria uma vida normal novamente. A vida de Elizabeth e Stephen vai mudar no corredor do prédio em que moram, com uma revelação: ela é a única pessoa no mundo que pode ver Stephen. A partir dessa revelação, eles terão que decidir até que ponto irão para tentar mudar a situação de Stephen...

O que eu achei: David Levithan me conquistou lá atrás, quando li Will & Will e me encantei pela narrativa dele. Esse livro, apesar de bem diferente dos outros que eu li, continua com a característica que me fez amar: temas sérios, tratados de maneira leve. O tema da homossexualidade, que é claramente um tema querido ao David, também se faz presente, mas está no plano de fundo. A temática aqui é a solidão, a ambição e a aceitação e, apesar dos elementos mágicos que estão presentes, fica fácil se identificar com os temas e sentimentos dos personagens. O relacionamento que se desenvolve entre Stephen e Elizabeth é delicado e real e as descobertas que eles fazem, com relação ao outro e a si mesmos, são bastante realistas, apesar do contexto surreal em que aparecem. Acho que o que mais me agradou nesse livro - que foi o que me agradou nas outras histórias do Levithan - é a construção dos personagens. Os capítulos alternam os pontos de vista do Stephen e da Elizabeth e, aos poucos, vamos conhecendo os dois e, inevitavelmente, nos encantando pelos dois. São personagens completos, que não se apresentam perfeitos demais, mas que também não são odiosos, sabe? Eu ri e chorei, com os dois, e acho que é isso que fez com que eu gostasse tanto desse livro... Entrou para a lista de preferidos, sem dúvida nenhuma...

Recomendo: com certeza! O Levithan é um querido e esse livro é especialmente delicioso...

Nenhum comentário: