Livro 54 - Julieta (Anne Fortier)


Sinopse: Julie Jacobs e sua irmã gêmea, Janice, nasceram na Itália, mas foram criadas por uma tia avó, Rose, nos Estados Unidos, depois da morte de seus pais. Apesar de gêmeas, as duas não podiam ser mais diferentes e não são nem um pouco próximas. Nem mesmo a morte de Rose as aproxima, ainda mais depois da leitura do testamento: para Janice, a tia deixou a casa; para Julie, apenas uma carta e uma revelação. Seu nome é, na verdade, Giulietta Tolomei e a carta pede que ela vá a Siena, onde nasceu, para tentar desvendar um mistério familiar, descoberto por sua mãe, anos antes. De repente, Julie - ou Giuletta - se vê envolvida em uma trama histórica de disputas, mortes e até mesmo uma maldição. Ao que parece, ela é descendente direta da Julieta que teria originado a famosa história de Shakespeare! Ao mesmo tempo em que descobre a história de sua família, precisa descobrir, exatamente, quem é...

O que eu achei: quem frequenta minha vida de leitora sabe que a maior parte das minhas compras de livro acontece por impulso. É uma capa que chama atenção, um enredo que parece legal e um bom preço e eu já me vejo convencida a comprar - e ler - um livro novo. De vez em quando eu acerto, de vez em quando eu erro, mas não me vejo mudando tão cedo. Com Julieta foi bem esse o caso e, preciso dizer, eu mais do que acertei. Sério mesmo. Tanto que comecei a ler o livro no metrô, indo para a Paulista, e consegui a façanha de perder a estação em que tinha que descer, de tão engajada que eu estava na minha leitura. A narrativa é impressionante desde o começo e eu mal consegui largar o livro desde que comecei a ler - tanto que fiquei até quase 4h da manhã lendo, porque precisava chegar ao final. O que chamou minha atenção, desde o início, foi a proposta da autora de recontar a história de Romeu e Julieta, a partir de uma suposta descendente da heroína original e o que me prendeu, além da narrativa, foi uma protagonista forte e firme em suas convicções, apesar de cheia de altos e baixos na personalidade. Uma das críticas que aparece na contra-capa do livro o compara com O Código da Vinci e eu acho que é bem isso: é uma visão totalmente diferente de uma história que, teoricamente, a gente já conhece de cor. E essa nova visão é envolta em mistérios daqueles que fazem com que nós, leitores, não confiemos em ninguém, em momento algum, sabe? Fiquei absurdamente impressionada com a parte histórica do livro - ao mesmo tempo em que acompanhamos a história de Julie, conhecemos a história da Giulietta "original" e seu Romeo - e depois descobri que a autora fez extensas pesquisas sobre cada aspecto que tratou no livro, ou seja, foi um trabalho cuidadoso e carinhoso e, com certeza, foi por isso que o livro prendeu tanto da minha atenção. É mais um livro que entra, sem hesitar, entre os meus preferidos e é um dos melhores do ano, sem dúvida nenhuma...

Recomendo: sem dúvida nenhuma! Para quem gosta de romance, mistério e admira a época medieval e as histórias que essa época trouxe, será um prato cheio e, com certeza, será tão apaixonante quanto foi pra mim...

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