Livro 58 - Simplesmente Ana (Marina Carvalho)


Sinopse: A vida inteira, Ana viveu apenas com a mãe e nunca achou que faltava alguma coisa. A curiosidade pelo pai existia, mas ao ouvir da mãe que ele não quisera assumir a filha, Ana decidiu, ainda criança, que a mãe era o suficiente. Até que um dia, quando ela já tem 20 anos, seu pai surge na sua vida. Surpreendentemente, ele nunca soube que ela existia, ao contrário do que a mãe sempre afirmara. Além disso, ele não é uma pessoa normal: é o rei de uma pequena nação européia e Ana é sua única herdeira, ou seja, uma verdadeira princesa. Ao decidir passar algum tempo com seu pai, para conhecer o país, ela espera descobrir exatamente quem é e o que espera dessa grande mudança na sua vida...

O que eu achei: comprei esse livro por indicação de uma amiga do trabalho e, confesso, não tinha a menor ideia do que se tratava antes dele chegar às minhas mãos. E ele é bem isso que a sinopse diz, um "Diário da Princesa" brasileiro, mesmo, com a diferença de que quem encontra a princesa é o pai e não a avó da menina. A história é toda narrada em primeira pessoa, então temos apenas a visão da Ana para tudo que está acontecendo, o que é interessante, porém não perfeito. Na minha opinião, o que faz um livro narrado em primeira pessoa perfeito é ter um protagonista perfeito - se a pessoa que está narrando a história é a mais interessante do livro, então não há problemas. Infelizmente, acho que não foi esse o caso com esse livro. Não que eu não tenha gostado da Ana, ela tem muito das minhas personagens mais queridas e, apesar dos defeitos, aprendi a admirá-la com o decorrer da história, mas não acho que ela seja a personagem mais interessante do livro... Tanto o pai dela quanto Alex, o misterioso enteado do rei, são personagens que me pareceram extremamente complexos, mas que acabaram não tendo um espaço muito grande, exatamente pelo livro ser narrado em primeira pessoa... A verdade é que eu gostei, sim, do livro, ele me prendeu a atenção, me fez rir e até mesmo me fez chorar... Mas fiquei com a sensação de que amaria mais a narrativa - e toda a história - se a autora tivesse dado mais espaço para os outros personagens. E a única maneira dela fazer isso seria, sem dúvida, com uma narrativa em terceira pessoa...

Recomendo: sim, sim, sem dúvida! O livro é fofo, a leitura é rápida e, ao que parece, terá até uma continuação a ser lançada ainda esse ano...

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