Sinopse: Depois da morte de seu pai em um acidente de carro, Amy perdeu o controle de sua vida. Assistiu, sem poder fazer nada, sua família se desintegrar e agora enfrentará mais uma mudança: sua mãe decidiu mudar-se da Califórnia para Connecticut, para começar de novo, em outro lugar. Tendo perdido o pai - sua referência - e a única casa que ela conheceu, Amy está cada vez mais perdida. Quando chega a hora de atravessar o país de carro, em direção a sua nova vida, ela terá a companhia de Roger, filho de um amigo de sua mãe, uma criança com quem ela brincava, mas de quem ela nem se lembra mais. Durante a viagem, os dois descobrirão que têm muito mais em comum do que imaginam e, ao decidir seguir um caminho um pouco diferente do que foi inicialmente planejado, vão perceber que, ao fugir do que lhes fez mal, encontrarão o que lhes faz bem...
O que eu achei: sim, esse é mais um livro daquela autora que me surpreendeu e me enlouqueceu na semana passada. Sim, eu já peguei pra ler. E, não, não me decepcionei. Esse foi o primeiro livro que ela escreveu, mas nem parece: a narrativa é de muita qualidade. O livro é todo narrado pelo ponto de vista da Amy, mas no meio da narrativa normal há outras coisas que ajudam a contar histórias: as playlists feitas por eles, as notas das compras, guardanapos, fotos e anotações e impressões dos dois sobre os estados e cidades que visitam. Gente, que livro apaixonante, sem palavras, sério. Encontramos a Amy total e completamente perdida, lidando com uma confusão de sentimentos depois da morte do pai e sozinha em casa há mais de um mês - sua mãe foi na frente, para organizar a futura vida das duas. Então é esse menina perdida que entra no carro com um garoto que ela mal conhece e com quem ela vai atravessar o país. A grande questão - e é o que dá o título ao livro - é que a mãe de Amy programou uma viagem rápida, com paradas específicas, e sem muita graça. E, assim que se conhecem, Amy e Roger decidem seguir outro caminho e fazer paradas em outros lugares, levados por suas vidas e por suas lembranças. E, claro, vão se conhecendo melhor e vão aprendendo a lidar com suas questões e dúvidas. O que eu achei bem legar nesse livro é que ele é praticamente os dois protagonistas, sabe? Claro, temos as lembranças da Amy com o pai, temos as pessoas que eles conhecem no caminho, mas o livro é, quase que 90%, só deles. E são personagens que têm força o suficiente pra segurar o livro - e a minha atenção - de maneira fantástica. Foi mais um livro que eu madruguei pra ler e foi mais um livro que eu fechei com aquela sensação de quero mais...
Recomendo: siiiim! Gente, vamos conhecer essa autora maravilhosa, por favor? É livro young adult? Sim, é - mas é mais do que isso. Porque ele fala sobre perdas, sobre amizade, sobre família e sobre amor - enquanto me dá ainda mais vontade de conhecer os EUA...
Título em Português: não foi publicado por aqui, mas acho que é uma questão de tempo...
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